A Serra do Rio do Rastro, interditada na noite de segunda-feira pela Defesa Civil Estadual, continua fechada até segunda ordem. Na tarde desta terça-feira, um comitê se reúne para definir quando o trecho da SC-390 pode voltar a receber fluxo de veículos, e em quais circunstâncias. A interdição foi uma medida de segurança, depois do descolamento de uma mureta de proteção e agravamento de rachaduras no concreto.
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Na manhã desta terça, o geólogo da Defesa Civil Estadual Humberto Alves da Silva e a geógrafa Laís de Oliveira Bernardino visitaram os pontos críticos da Serra. Engenheiros do Departamento Estadual de Infraestrutura de Santa Catarina (Deinfra) também participaram da ação.
Na noite de segunda, a estrada foi interditada após fiscalização de rotina realizada pela Polícia Militar Rodoviária de Guatá, em Lauro Müller.
O coordenador regional da Defesa Civil de Santa Catarina no Sul, Rosinei da Silveira, também participou da vistoria. Ele acompanha a situação da serra há anos, e destacou pelo menos três pontos com problemas no solo e que merecem atenção. Dois deles são relacionados à drenagem, que contribuem para que o solo ceda gradativamente, além de pontos de erosão em encosta.
— Diante da vistorias anteriores, nesse ponto está acontecendo um afastamento da pista, então foi decidida pela interdição. Preservar vidas, que foi a decisão maior, para poder fazer essa análise técnica — comentou Silveira.
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Quem utiliza a estrada com frequência conhece os perigos, mas dessa vez o risco assustou o fiscal agropecuário Jefferson de Souza. Ele sobe a serra pelo menos duas vezes por semana, para atuar junto à Cidasc de Bom Jardim da Serra.
Já presenciou a rodovia fechada por deslizamentos e outros motivos, mas por risco de queda na pista é a primeira vez. Com o trecho interditado, precisou avisar os colegas que vai faltar ao trabalho e deve pegar a estrada de volta para Tubarão.
— Fiquei sabendo ainda na madrugada, mas vim conferir se conseguia subir. Vou retornar e aguardar o desfecho, pois subir por Palhoça via BR-282 fica inviável — comenta Souza.