Nas últimas duas semanas, mais de 1 mil pessoas morreram e 6 mil ficaram feridas em ataques israelenses no Líbano, segundo informações do governo local. Entre as vítimas, estão 156 mulheres e 87 crianças. Nos ataques desta quarta-feira (2), mais 46 pessoas morreram no país. As informações são do g1.
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O conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah já resultou em 1,6 mil mortes no Líbano e deixou milhares de feridos nos últimos 12 meses. Durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (2), o encarregado de negócios interino do Líbano, Al-Sayyid Hadi Hashim, afirmou que o país enfrenta uma crise humanitária grave, com milhares de pessoas desabrigadas.
Segundo Hashim, atualmente o Líbano tem 1 milhão de libaneses que precisaram deixar suas casas por causa do conflito, e ainda há 2 milhões de sírios deslocados e 500 mil palestinos refugiados, que vivem no país.
“O que está acontecendo agora, com essas mortes, pessoas desabrigadas e destruições sem precedentes, não pode ser mais tolerado ou ignorado. As crianças dos subúrbios do sul de Beirute estão dormindo nas ruas”, afirmou.
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Conforme o encarregado, em 23 de setembro, Israel lançou um bombardeio aéreo que provocou as mortes de 569 pessoas, incluindo 50 crianças e 94 mulheres. Esse dia foi o mais sangrento desde 2006, quando Israel travou uma guerra contra o Hezbollah.
Dias depois, em 29 de setembro, Israel laçou outro ataque contra uma área residencial, resultando na morte de 71 pessoas, incluindo mulheres e crianças que ficaram presas nos escombros. Hashim chamou o episódio de “massacre”.
Enquanto isso, o governo de Israel diz que 50 soldados morreram em confrontos envolvendo o Hezbollah no Líbano. Oito foram assassinados nesta quarta-feira (2). O representante de Israel na ONU, Danny Danon, disse que o país enfrenta ataques diretos à própria existência.
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“Essa é a realidade que enfrentamos todos os dias: terror nas fronteiras, mísseis sobre nossas cabeças, balas nas ruas. O Conselho precisa entender o cenário em que Israel é forçado a viver”, disse.
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No início da semana, Israel iniciou uma operação terrestre limitada contra alvos do Hezbollah no Líbano, alegando que os ataques são precisos contra o grupo extremista.
O representante do Líbano rebateu o argumento de Israel e disse ser “mentira” que as forças israelenses tenham feito ataques precisos e “cirúrgicos”.
“Os prejuízos aos civis e à infraestrutura civil são imensos”, afirmou Hashim.
O governo do Líbano pediu ao Conselho de Segurança da ONU o envio de ajuda humanitária urgente e apelou por um aporte financeiro de US$ 426 milhões (R$ 2,3 bilhões). O país também pediu para que outras nações pressionem Israel para a aprovação de um cessar-fogo de 21 dias proposto por França e Estados Unidos.
“O Conselho de Segurança deve tomar as medidas para evitar uma implosão do Oriente Médio”, afirmou Hashim.
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Mais 46 mortos em 24 horas
Ainda de acordo com o governo do Líbano, mais 46 pessoas morreram e outras 85 ficaram feridas após ataques israelenses serem lançados no território do país, nesta quarta-feira (2). Israel afirmou que está atacando alvos do grupo extremista Hezbollah.
Nas últimas 24 horas, explosões foram reportadas em várias regiões do Líbano, incluindo confrontos armados no Sul do país e bombardeios em Beirute. Oito soldados israelenses também morreram.
Esta quarta-feira também foi marcada por uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir o conflito no Oriente Médio. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu para que a soberania do Líbano seja respeitada.
Já na madrugada de quinta-feira (3), pelo horário local (noite de quarta-feira no Brasil), novas explosões foram reportadas em Beirute.
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