O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acredita que as expectativas para a inflação voltaram a convergir para a meta de 4,5% pela primeira vez em muitos anos, em decorrência dos sinais de que as contas públicas começam a ser ajustadas, o que ele classificou como primeiro passo para a retomada da economia brasileira.

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– As variáveis macroeconômicas foram liberadas, a contribuição do setor externo já é positiva para o PIB. Estamos vendo um novo mundo de oportunidades para o setor industrial, talvez alguns resultados estejam represados ainda – afirmou o ministro durante seminário sobre infraestrutura na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, nesta segunda-feira.

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De acordo com Levy, a segunda ação do governo foi liberar os preços, fazer um realinhamento e tornar a política monetária clara.

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– Pela primeira vez em muitos anos, as expectativas voltaram a convergir para a meta. Enquanto houver âncora fiscal, isso vai acontecer – acrescentou Levy.

Segundo o ministro, a desaceleração da inflação é o que permitiria relaxar a política monetária.

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A partir dessas bases, Levy espera que a retomada do crescimento no curto prazo ocorra logo.

– Precisamos crescer para garantir os avanços sociais dos últimos dez anos – lembrou.

Investimentos

Levy também ressaltou que melhorar a qualidade dos projetos de infraestrutura no País e ter contratos mais claros são pontos fundamentais para atrair investimentos do setor privado. Segundo Levy, a infraestrutura é uma questão central dentro da estratégia do governo, pois traz ganhos de produtividade e cria um ambiente sustentável para o crescimento.

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O ministro avalia que é preciso criar mecanismos alternativos para o financiamento de obras em infraestrutura no País que não dependam exclusivamente do setor público.

– Outra coisa que temos de fazer é melhorar projetos para diminuir custos e acelerar a velocidade com que são executados. Os atrasos são os maiores riscos para o financiamento dos projetos de infraestrutura – disse.

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– Projeto-executivo é coisa rara de existir, mas é fundamental.

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O ministro disse ainda que algumas regras da atual Lei de Concessão, que completa 20 anos em 2015, “dificultam e enrijecem” algumas contratações.

– Por isso, temos de aprimorar a Lei de Concessão – defendeu.

*Estadão Conteúdo