A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgam nesta quarta-feira os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2014 a 2015. O estudo aponta desmatamento de 18.433 hectares (184 Km²) de remanescentes florestais nos 17 estados da Mata Atlântica no período de 2014 a 2015, um aumento de 1% em relação ao período anterior (2013-2014), que registrou 18.267 hectares.

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Santa Catarina aparece com destaque apenas na supressão de mangues e restingas, embora os próprios organizadores do estudo reconheçam que a quantidade destes desmatamentos é bem menor em comparação com anos anteriores. Também não é possível especificar quais os tamanhos dos desmatamentos ilegal e legal, feito para reflorestamento ou atendendo ação de interesse público, já que a pesquisa não faz esse tipo de análise.

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No período de 2014 a 2015 foi identificada supressão da vegetação de mangue apenas em Santa Catarina, em uma área total de quatro hectares, todos em Palhoça. Já a supressão de vegetação de restinga foi de 680 hectares no país. O maior desmatamento ocorreu no Ceará, com 336 hectares, seguido do Piauí (224 hectares) e Santa Catarina (55 hectares).

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Minas Gerais, que vinha de dois anos de queda nos níveis de desmatamento como um todo, voltou a liderar o ranking no país, com decréscimo de 7.702 hectares (alta de 37% na perda da floresta). A vice-liderança fica com a Bahia, com 3.997 hectares desmatados, 14% a menos do que o período anterior. Já o Piauí, campeão de desmatamento entre 2013 e 2014, ocupa agora o terceiro lugar, após reduzir o desmatamento em 48%, caindo de 5.626 ha para 2.926 hectares.