Igual ao animal que carinhosamente leva como apelido graças ao penteado que ostentava quando jogava bola, Mauro Ovelha ruminou. E muito. Mas não as plantas gramíneas e sim as dúvidas que surgiram por conta dos problemas aflorados durante a semana. E como se não bastasse a luta contra o rebaixamento que já o pressiona desde o apito final do jogo diante do Criciúma, uma série de lesões e problemas extracampo começaram a rondar o dia a dia do técnico às vésperas da última rodada do Estadual.

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Sem poder contar com o meio-campo Mazinho há três semanas e com o zagueiro Júnior Fell há duas, o treinador vem fazendo alterações em um Metropolitano que por si só não oferece muitas opções. E mais do que isso: por pouco não perde o capitão Elton e o atacante Mariano Trípodi o que, convenhamos, ia complicar aquilo que para muitos já é impossível.

Para vencer o Figueirense no Estádio Orlando Scarpelli pela primeira vez na história, o Metropolitano precisará de uma receita que envolve parte dos jogos contra a Chapecoense e o Criciúma. “Mas, como assim, sendo que o clube não venceu nenhum desses jogos?”, você pode estar se perguntando. E é fácil de responder: tanto contra o time do Oeste quanto diante da equipe do Sul, o Verdão de Blumenau teve virtudes.

Contra a Chape, por exemplo, soube aproveitar a chance que surgiu logo no começo e – pelo menos até a expulsão de Fell -, manteve um equilíbrio. Já contra o Tigre, o Verdão foi audacioso – isso só depois de levar a virada, é verdade. Se mesclar a confiança defensiva (com a dupla Elton e Júnior Fell) e ter qualidade na frente (com o talento de Flávio, a velocidade de Paulo Victor, e o faro ofensivo de Trípodi e Sabiá) as coisas poderão ser positivas no bairro Estreito.

Parece algo simples de fazer, com a soma de apenas dois ingredientes, mas, principalmente para o Metropolitano, isso foi um problema durante todo o Campeonato Catarinense. Conforme o técnico Mauro Ovelha, a semana de preparação em si foi boa e, por mais que não pareça, o grupo está motivado e não se deixou abalar pela situação vivida até agora.

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Sorte não existe, a gente nem quer falar dela. Precisamos fazer a nossa parte e, para isso, temos que ter foco. Temos que trabalhar e trabalhar muito – aponta o treinador.

Antevéspera da decisão

é marcada por confusões

A sexta-feira amanheceu com um abacaxi para diretoria e comissão técnica descascarem: três jogadores do clube foram vistos em baladas, o que gerou revolta de torcedores pelas redes sociais.

Até mesmo o agente de um dos atletas se expressou, questionando a atitude do jogador. Oficialmente o clube não se manifestou, porém, optou por antecipar em um dia a concentração do grupo, de sexta-feira até domingo, dia da partida.