Em prisão domiciliar, o líder opositor venezuelano Leopoldo López fez um apelo à comunidade internacional, neste domingo (30), para que não reconheça a Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro.
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Em mensagens divulgadas no Twitter, López pediu aos “democratas do mundo” que não deem legitimidade à Constituinte – “assim como fez o povo venezuelano”. Ele também denunciou uma “brutal repressão” das forças de segurança contra manifestantes da oposição.
A violência neste fim de semana de votação deixou pelo menos oito mortos no país.
“Alertamos a comunidade internacional sobre a repressão brutal e sobre o assassinato de venezuelanos em protestos pacíficos (…). Hoje acontece a maior fraude da nossa história: ilegítima, inconstitucional, eleitoralmente viciada e em meio a uma repressão brutal”, denunciou.
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Colômbia, Canadá, Panamá e Peru já anunciaram que não vão reconhecer a Constituinte de Maduro.
Em entrevista coletiva, o presidente do Parlamento, Julio Borges, mencionou uma baixa participação nas urnas, em contraste com declarações de lideranças governistas, como Héctor Rodríguez, que antecipam um alto comparecimento da população.
Em nome da coalizão de partidos da oposição, a MUD, Borges convocou “a Força Armada digna, a majoritária”, a entender que, “hoje mais do que nunca, seu papel é defender a Constituição”.
“Solicitamos o apoio à única Assembleia legítima e legal do nosso país: a Assembleia Legislativa”, insistiu López, em prisão domiciliar desde 8 de julho passado por questões de saúde, após a mediação do ex-chefe de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.
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* AFP