Leonardo Nathan Chaves Martins foi condenado a 12 anos de reclusão, em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado contra a jovem Gabriella Custódio Silva, em Joinville. A jovem tinha 20 anos quando foi assassinada, em 23 de julho de 2019, na casa dos pais de Leonardo em Pirabeiraba, na zona Norte da cidade.
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Leonardo era acusado por homicídio duplamente qualificado (feminicídio e por dificultar a defesa da vítima) e por fraude processual. Os sete jurados, depois de quase 11 horas de julgamento, decidiram que ele era culpado pelo crime, mas não acataram a qualificadora de feminicídio, que elevaria a pena de Leonardo. Por isso, ele recebeu a pena mínima para homicídio doloso (em que há intenção de matar), com a qualificadora de dificultar a defesa da vítima.
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No período da manhã, foram ouvidas quatro testemunhas (uma indicada pelo Ministério Público e outras três pela defesa) e também o réu Leonardo. Pela ordem, o primeiro a falar foi o promotor Ricardo Paladino, do Ministério Público, que apresentou vídeos de depoimentos de audiência de instrução, exibiu cenas da chegada da garota carregada no colo para dentro do Hospital Bethesda. O promotor falou da suposta ocultação de celulares e da arma do episódio para esclarecer detalhes do caso.
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Os advogados de defesa argumentaram que o tiro disparado pela arma foi acidental, ou seja, sem a intenção de matá-la. Após as duas explanações, também aconteceu a réplica e a tréplica.
A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski, titular da Vara do Tribunal do Júri da comarca de Joinville. Atuou com o promotor Ricardo Paladino, com os assistentes de Acusação, Marco Aurélio Marcucci e Israel Patrício. Os advogados de defesa do réu foram: Pedro Wellington Alves da Silva, Jonathan Moreira dos Santos, Deise Kohler e Antonio Luiz Lavarda.
Defesa vai recorrer da decisão
Para os advogados de defesa de Leonardo Nathan, o resultado não foi o esperado, já que a tese defendida era de que o tiro contra Gabriella foi acidental. Mesmo assim, o fato de o júri não ter acatado a qualificadora de feminicídio foi uma vitória.
— Se nossa tese fosse acatada, a pena seria de um ano. Acabou ficando em 12 anos. Mas respeitamos a decisão da Justiça — afirmou o advogado Pedro Alves da Silva.
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A defesa tem até segunda-feira (2) para entrar com o pedido para recorrer da decisão e tentar diminuir a pena de Leonardo. Segundo Pedro, eles irão recorrer.
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