Centenas de chavistas marcharam nesta terça-feira em Caracas, alguns segurando cartazes com imagens de Lênin e da foice e o martelo da extinta União Soviética, para comemorar o centenário da Revolução Russa.

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“Vamos gritar que Lênin vive!, Vamos às ruas com as bandeiras da União Soviética!” – disse o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao convocar a mobilização em direção ao palácio de governo.

Em meio a uma severa crise com escassez de alimentos e medicamentos, alta inflação e risco de moratória, Maduro convocou a população a festejar os 100 anos da Revolução Bolchevique.

Um entusiasmo que contrastou com a discrição que seu aliado, o presidente russo, Vladimir Putin, deu à data.

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Na Venezuela, Maduro e altos funcionários chavistas reivindicam a celebração e a figura da antiga URSS, dissolvida há quase 30 anos.

“Prestamos homenagens ao povo russo. Foi o primeiro desafio à ordem capitalista”, escreveu no Twitter Delcy Rodríguez, presidente da Assembleia Constituinte.

Rodríguez acompanhou sua mensagem com fotografias de Lênin saudando a multidões.

“Sua impressão social e cultural devem ser reivindicadas e estudadas”, expressou o chanceler Jorge Arreaza.

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Bandeiras da Venezuela, Rússia e Cuba foram erguidas na manifestação rumo ao palácio presidencial, onde Maduro recebeu seus apoiadores.

A rede de televisão estatal VTV dedicou sua programação aos atos pelo aniversário da Revolução Bolchevique. As redes sociais do governo usaram a hashtag #100AñosDeRevoluciónObrera (100 anos de revolução operária, em espanhol).

* AFP