Quando a maioria das pessoas atinge os 25 anos, elas já consolidaram as memórias mais importantes de suas vidas, de acordo com uma nova pesquisa da New Hampshire University.

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Ao entrevistar idosos sobre suas histórias de vida, pesquisadores descobriram um esmagador destaque por parte dos participantes em relação à influência central de momentos transitórios e marcantes em suas memórias, como o dia do casamento e o do nascimento dos filhos, ocorridos no início da vida.

– Quando as pessoas reavaliam suas vidas e relatam suas lembranças mais importantes, a maioria delas divide suas histórias em capítulos definidos por momentos importantes que são universais: o início da faculdade, o primeiro emprego, o casamento, uma experiência militar e a chegada dos filhos- conta a psicóloga Kristina Steiner.

No primeiro estudo a usar uma abordagem naturalista através da coleta de histórias de vida, os cientistas conversaram com 34 membros de uma comunidade de aposentados, com idades entre 59 anos a 92 anos. Eles foram convidados a contar suas histórias de vida em 30 minutos. Uma semana mais tarde, os participantes dividiram seus relatos em capítulos.

A maioria das lembranças foi relatada entre os 17 e 24 anos. Foram nessas idades que muitas pessoas definiram como os capítulos de início e fim de suas vidas. Os pesquisadores definiram, então, o período entre as idades de 15 e 30 anos como o que concentra as memórias mais lembradas.

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– Muitos estudos têm descoberto que, quando os adultos são convidados a pensar sobre suas vidas e relatar memórias, eventos lembrados que ocorrem entre as idades de 15 a 30 estão muito representados. Eu queria saber o porquê de os adultos não relatarem mais memórias entre as idades de 30 e 70 anos. O que existe entre as idades de 15 a 30 anos que as tornam muito mais inesquecíveis? – questiona-se Kristina.

– Nossas narrativas de vida são as nossas identidades. Ao analisar essas histórias, os pesquisadores podem prever os níveis de bem-estar e ajustamento psicológico em adultos. Terapeutas clínicos podem usar essas narrativas como tratamento para ajudar as pessoas a trabalhar com questões e problemas em suas vidas- acrescenta a psicóloga.