Sentado na banca de jornais da conhecida Praça do Melão, no Kobrasol, em São José, o militar aposentado Paulo Vitorino reclama das faixas de segurança do bairro.
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– Há um ano eu reclamo para a prefeitura e eles não fazem nada. Eles dizem que têm que fazer licitação e não sei o quê, mas a segurança do cidadão tinha que vir em primeiro lugar – exclama o representante da associação de moradores do bairro, com um exemplar da Hora na mão.
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Dando uma volta pelas principais ruas do bairro é comum ver a sinalização apagada em alguns cruzamentos. No cruzamento da Rua Lédio João Martins com a Delamar José da Silva, quase não é possível ver a tinta branca.
Nova pintura em fevereiro
Por telefone, a secretária de Segurança, Defesa Social e Trânsito, Andréa Pacheco, reagiu assim que ouviu o nome do representante comunitário:
– É um insatisfeito, que não faz nada na vida e só sabe reclamar. Atendemos diversos pedidos dele este ano (2014), mas ele tem que entender que a cidade não é só o Kobrasol – disse.
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Segundo a titular da pasta, foram pintadas em 2014 as ruas Coesa, Margarida de Abreu, incluindo o cruzamento com a Rua Ademar da Silva, o entorno do Colégio Melão, da Praça Koerich e a própria Rua Delamar da Silva.
Entretanto, uma nova pintura só será possível em fevereiro, quando será refeito o contrato para manutenção da sinalização de vias da cidade.
Prioriza a segurança, mas não tem material
Engenheira na Secretaria de Segurança, Defesa Social e Trânsito, Eliara Porto explica que falta tinta para cobrir todas as falhas nas ruas de São José.
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– Não temos material, por enquanto. Fazemos reparos em últimos casos, principalmente em ruas que não têm muito movimentada, pois quanto mais tráfego menos dura a tinta – salientou Eliara.
A engenheira explica ainda que, em alguns casos, a faixa foi colocada em local errado, impedindo a visualização do pedestre ou do condutor. Ainda, devido ao alto custo para remoção, a prefeitura opta por esperar apagar para refazer em outro local.
Veja onde reclamar
Para reclamar da falta de sinalização, o cidadão pode ligar para a ouvidoria de São José, no número 0800_644_9040. Devido ao fim do último contrato, as solicitações se acumulam.
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– Muita gente pede faixa em cima da curva, sem visibilidade nenhuma. Não podemos colocar em risco as pessoas – disse a engenheira.
Eliara esclarece que o procedimento normalmente é avaliar a necessidade do local. E a duração da tinta depende do volume de tráfego.
– Vamos de carro e vemos a visibilidade do condutor nos dois sentidos e depois nos colocamos na pele do pedestre. A duração da tinta é maior na Rua Margarida de Abreu para a Avenida Presidente Kennedy – compara.
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Em nota, o vice-presidente da AmoKobrasol, Paulo Vitorino, respondeu à declaração da secretária Andréa Pacheco:
“A Secretária de Segurança, Defesa Social e Trânsito do Município, por telefone falou a infeliz frase: “É um insatisfeito, que não faz nada na vida e só sabe reclamar”.
Quero dizer à senhora Andreia Pacheco, que trabelhei por 30 anos no serviço militar, me aposentei no ano de 1991 e que desde então trabalho no Movimento Social.
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No ano de 2009, juntamente com algumas pessoas da comunidade conseguimos reativar a Associação dos Moradores e voluntariamente estamos na luta por um bairro melhor para se viver. Sei muito bem que a cidade não se concentra somente no Kobrasol, mas trabalhamos por ele e é só por ele que reivindicamos.
Recebo meu salário pelos trinta anos trabalhados e tenho uma aposentadoria digna, não precisando de um cargo comissionado para sobreviver. Sou um insatisfeito e só sei reclamar, porque se algumas Secretarias fossem competentes nas suas ações, não precisariamos de associaçõe de bairros.
Paulo Vitorino Silva
Vice-Presidente