“Os índices sociais do Estado situam-se entre os melhores do país, com menos desigualdade, pobreza e analfabetismo. Notam-se diferenças flagrantes em costumes e maneiras de ser dos catarinenses. No litoral, os açorianos caracterizam a paisagem humana. Os alemães marcam o Vale do Itajaí. Ali, a indústria e a agricultura estabeleceram uma simbiose extraordinária. No Sul e no Oeste os italianos estão presentes. O vinho é o elemento que mais se destaca na colonização italiana.
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Nos campos do Planalto, estão os descendentes de paulistas, que muito se aproximam dos gaúchos quanto aos seus costumes. A contribuição indígena à cultura do Estado é muito expressiva. Alguém já comparou Santa Catarina com um arquipélago, devido a suas diversas ilhas de gente e paisagem. Não deve haver no Brasil outra região em que o cientista social possa testemunhar o processo de mudança cultural de modo tão claro e multiexemplificado. Com todo esse potencial cultural adormecido, pergunto:
– Qual a política para preservar esses valores extraordinários e invejáveis, que mantenha SC em evidência?
– Qual o planejamento da Fundação Catarinense de Cultura que apoie a cultura em cada área?
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– Quais as verbas, sem economia, destinadas a manter a cultura, que não somente as festas anuais?
– Artistas, compositores catarinenses, cameratas, orquestras despontam no mundo, mas ninguém se mantém aqui. Por quê?
– Qual o incentivo às empresas para amparar os valores culturais?
– Por que grandes espetáculos e grandes artistas não vêm para SC, somente para SP, RJ e RS?
– O que é preciso, cultural e intelectualmente, para dar um basta na ofensa à inteligência dos catarinenses?
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