No Brasil somos cerca de 200 milhões de habitantes, com um PIB de mais de US$ 2 trilhões e com uma extensão territorial de mais de 4 milhões de quilômetros quadrados. Com essas características, somente os EUA, China e Rússia. Mas o que nos diferencia dessas nações? A compreensão de que uma nação se constrói a partir da educação de qualidade e, em virtude de seu gigantismo, de que é preciso empreender mudanças com velocidade, qualidade e em quantidade para todos os estratos sociais sem privilégios à elite.

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Toda comparação tem seus riscos, mas vamos a ela. Brasil: PIB (US$ 2,252 bilhões, 7o lugar no mundo); 85o IDH; 79o produtividade; 64o inovação; 53o Pisa (Organisation for Economic Cooperation and Development). No caso da China: PIB (US$ 8,358 bilhões, 2o no mundo); 101o IDH; 82o produtividade; 35o inovação; 1o Pisa, mas considerando apenas Shangai. Os EUA: PIB (US$ 15,684, 1o no mundo); 3o IDH; 3o produtividade; 5o inovação; 17o Pisa. Já no caso da Rússia: PIB (US$ 2,014, 8o no mundo); 55o IDH; 50o produtividade; 62° inovação; 43o Pisa.

O maior descompasso entre riqueza e demais fatores está no Brasil. No ranking da Unesco 2012, o Brasil (88°) está atrás de países como Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia e Peru. Será que o ranking está errado? O maior erro está na descontinuidade na formulação e na execução das políticas públicas de ampla abrangência na educação. O princípio da continuidade apregoado para a gestão é um dos grandes males da educação.

Os desafios da educação são muitos: mudanças curriculares, formação e valorização dos professores, participação e envolvimento dos pais, gestão das escolas, infraestrutura etc. Tais providências são necessárias e urgentes para possibilitar a correção dos rumos.

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