Abastado e inteligente macróbio, residente na encantadora Ilha de Santa Catarina, fez uma viagem ao Leste Europeu em busca de uma receita para retardar a morte numa famosa clínica de geriatria. O evento ocorreu há quase duas décadas e, hoje, o vitorioso paciente continua vivo, lúcido, com memória de elefante, perto de cem anos de idade. E vai longe ainda. Consta que ao indagar sobre a alimentação, a geriatra teria aconselhado a concentrá-la na proteína de peixes demersais, nos sais minerais e vitaminas de hortaliças e frutas. Mais: que o Brasil era rico na produção de uma das melhores frutas do mundo, especialmente para a alimentação de crianças e os de idade avançada, que era e é a banana.

Continua depois da publicidade

Escritos chineses com mais de 3 mil anos mencionam a banana como um dos primeiros alimentos dos humanos. Alexandre Magno (327 a.C.) encontrou a banana ao chegar à Índia. O historiador romano Plínio, o Velho, (28 a 79 a.C.) cognominou-a de “fruta dos sábios”, provável indução que levou o botânico Lineo a dar-lhe o sugestivo nome científico de Musa sapientum. Atribui-se à Índia e à Malásia o lugar de origem da banana. Do Oriente ela teria sido levada para a costa leste da África e continente americano. Em 1516 o missionário Tomás Berlanga levou rizomas das Ilhas Canárias para o Novo Mundo, dando origem às grandes plantações do Caribe, especialmente na América Central. Pero Vaz de Caminha relata que os índios já conheciam a banana no ano 1500. Santa Catarina expandiu sua produção a partir de 1975, por iniciativa da ex-Acaresc, hoje Epagri.

Os pesquisadores descobriram novas cultivares e métodos de plantio que colocaram SC como terceiro produtor de banana do Brasil e primeiro exportador. A banana é rica em potássio, carboidratos, vitamina A, fósforo, ácido ascórbico e tem grande poder calórico.