Neste sábado comemora-se o Dia Mundial da Água. A data vem para despertar a consciência ecológica. A Terra apresenta indícios de desequilíbrio, é objeto de discussões sobre aquecimento global e precisa de saneamento básico. O Brasil lidera o ranking mundial dos países com o maior nível de água para consumo – 12% -porém, entre 199 países, o país ocupa posição 112 no ranking do saneamento, atrás de Equador, Chile, Honduras e Argentina.

Continua depois da publicidade

Novas atitudes estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado pelo governo federal em 2007. Somente para saneamento estão sendo destinados R$ 40 bilhões. Tal valor parece suficiente, mas estatísticas do próprio do Executivo prevêem R$ 270 bilhões para chegar à marca de 100% de um Brasil com saneamento básico. Ou seja: são necessários sete PACs para que a meta universal seja alcançada. Mesmo com tantos investimentos, são despejados cerca de 6 bilhões de litros de esgoto sem tratamento em praias e rios. Mais da metade das residências não têm rede coletora e apenas 40% do que é recolhido é tratado de forma adequada. Situação alarmante, mesmo sabendo-se que cada R$ 1 investido em saneamento gera economia de R$ 4 na área de saúde.

Segundo o Instituto Trata Brasil, que acompanha as obras do PAC, após seis anos apenas 20 das 138 obras estavam concluídas. No final de 2012, mais de 65% das obras estavam paralisadas, atrasadas ou não iniciadas. Ou seja, os municípios não podem esperar apenas pelas iniciativas estaduais ou federal. Os governantes precisam priorizar a saúde e o meio ambiente de suas cidades, encontrando alternativas eficazes. Uma delas é a Parceria Público Privada.

A falta de saneamento deve ser inadmissível e a população precisa e deve cobrar. Ao passo atual, o acesso universal ao esgoto só chegará em 2122.

Continua depois da publicidade