Idosos, estudantes, portadores de necessidades especiais e usuários cadastrados na tarifa social agora pagam multa se emprestarem o cartão de ônibus. Começou nesta segunda-feira, nos terminais de integração de Florianópolis, o controle biométrico facial dos passageiros do transporte coletivo. São 26 câmeras instaladas acima do leitor de cartão nas catracas de acesso aos terminais Titri, Tilag, Tican, Tisan e Plataformas A e B do Ticen.

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Se a pessoa que estiver com o cartão não for a mesma cadastrada no Setuf, o cartão será bloqueado e o responsável terá de pagar multa de R$ 55 (o equivalente a 20 vezes a tarifa do serviço _ R$ 2,75). Caso a multa não seja paga, o cartão ficará inativo. Na próxima tentativa de uso, simplesmente não será aceito pelo sistema.

O zelador Valdecir Ramos, 56 anos, que é deficiente físico, aprovou a medida.

– Muita gente que pode pagar uma passagem se aproveita do benefício do outro. É bom controlar mesmo – disse Valdecir, que mora na Barra da Lagoa e pega quatro ônibus nos dias de trabalho.

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Modelo baiano

O sistema foi implantado em Ilhéus, na Bahia _ cidade que possui 220.943 habitantes (IBGE). Em oito meses, 10 mil cartões foram bloqueados por tentativa de fraude, segundo informações do Setuf. Em Florianópolis, onde 45 mil pessoas beneficiadas por tarifa social, gratuidades e descontos devem ser monitoradas a partir desta semana, o primeiro relatório com o número de irregularidades sai nesta terça-feira. Utilizar máscara, boné, óculos ou virar o rosto na hora de passar o cartão são atitudes que podem confundir o aparelho, que funciona com análise biométrica da face de cada usuário, sendo uma atitude suspeita.

– Em casos de dúvida sobre qual indivíduo está em posse do cartão, uma comissão vai avaliar se deve haver o bloqueio ou não do cartão – informou o diretor de Planejamento da Secretaria de Mobilidade da prefeitura, Vinícius Cofferri.

No caso de ter o cartão bloqueado, o usuário deverá fazer o desbloqueio indo pessoalmente no Setuf, no Ticen.

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