“É fato inconteste a corrupção generalizada que assola o Brasil, atingindo todos os setores da vida pública e privada. Dizem que a corrupção é semelhante à graxa: “Sem ela nenhuma engrenagem funciona, o que não pode é ter graxa demais”. Porque, nesse caso, a máquina patina. Se, para alguns, a corrupção em pequena escala é inevitável e até justificável, o mesmo não se pode dizer da incompetência. O que é mais danoso para o país, principalmente no poder público: a incompetência ou a corrupção? O que se verifica atualmente é uma incapacidade de administração em todas as esferas e em todos os níveis dos governos.
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Perdemos a capacidade de gerenciamento da máquina administrativa. Clamamos pela demissão dos corruptos, mas não pedimos a demissão dos incompetentes que causam prejuízos imensos que são pagos pela população. Em que momento assistimos à demissão de um executivo público por incapacidade administrativa? Quando a nomeação dos dirigentes, de ministros a secretários, gerentes e até chefes de seção, é pautada por critério político e não técnico. Os compromissos políticos assumidos pelos governantes são maiores que o zelo por uma forma mais competente e eficaz de lidar com o dinheiro e a causa pública.
No setor privado, a incompetência é punida com a demissão. O mesmo não acontece no serviço público. Temos um contingente significativo de funcionários mal gerenciados, não aptos, negligentes e ineptos que, além de provocarem desperdício e lesões ao erário público, são responsáveis por tomadas de decisões para as quais não estão capacitados. Não há preocupação com o bem comum nem inquietação pelos danos e transtornos à população, vítima do descaso e incompetência dos dirigentes.“