As distribuidoras compraram um volume maior de energia das geradoras do que o que foi contratado pelos seus clientes. Diante do cenário de sobrecontratação de energia, a perspectiva é que o leilão de energia A-3, com entrega no prazo de três anos, não ocorra mais neste ano, informou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, após participar do XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (Sendi).

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As distribuidoras estão com sobra de energia porque muitos dos seus clientes migraram para o mercado livre, onde conseguem preços diferenciados por adquirirem energia de fontes renováveis, como de pequenas centrais hidrelétricas (PCH), usinas a biomassa e eólicas.

Também presente ao evento, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Paulo Pedrosa, reivindicou como solução para a sobrecontratação a permissão por parte da Aneel “de devolução do contrato” para as geradoras de energia.

Segundo a Abradee, há casos de distribuidoras que estão com 2,1% de sobra de carga contratada, próximo do limite de 3% determinado pela agência reguladora. A resposta de Hubner à proposta, no entanto, foi que “cabe à distribuidora a busca da eficiência na contratação e gestão da carga”.

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