O leilão de licenças de terceira geração (3G) da telefonia celular, marcado para amanhã, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília, deverá superar os R$ 3,5 bilhões. Se atingir esse valor, a receita com a venda ficará acima do preço mínimo definido pela Anatel para as 44 licenças, de R$ 2,8 bilhões.
Continua depois da publicidade
– Quem não entrar com a 3G vai ter problemas na competição – disse o ex-ministro das Comunicações Juarez Quadros.
Pelo edital, vencerá a disputa quem pagar mais pela licença. O maior preço pela outorga será combinado com critérios de universalização, como a obrigação de atender em dois anos a todos os 2 mil municípios brasileiros ainda sem o serviço. A 3G começará a ser instalada no segundo semestre de 2008 pelas capitais dos Estados, pelo Distrito Federal e pelas cidades com mais de 500 mil habitantes. A previsão é de que, em 2015, 3,6 mil municípios tenham a cobertura de 3G.
A disputa deverá ser acirrada em pelo menos quatro das 11 áreas. A expectativa dos especialistas é de que apareçam interessados para todas as freqüências. Alguns apostam até na possibilidade de haver ágio sobre o preço mínimo nas licenças da região metropolitana de São Paulo, do interior paulista, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Os oito grupos que se inscreveram para o leilão – Vivo, TIM, Claro, Oi, Brasil Telecom, CTBC, Telemig Celular e Nextel – têm o mesmo objetivo: aproveitar a banda larga da 3G para ampliar a sua capacidade de oferta de serviços pelo celular. Os aparelhos de terceira geração permitem ao cliente baixar e enviar arquivos em alta velocidade, como vídeos, fotos e música.
Continua depois da publicidade