Sancionada no início do mês, uma lei permite a farmácias e drogarias comercializar e aplicar injeções e vacinas. As novas regras tornam essas unidades estabelecimentos de saúde e ampliam sua gama de serviços. Farmacêuticos comemoram a mudança na legislação – que tramitava há 20 anos no Congresso.

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Ronald Ferreira dos Santos, assessor técnico farmacêutico do Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina ( CRF/ SC) e presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), defende que a farmácia passa a ser uma unidade de assistência à saúde, e não apenas um estabelecimento comercial.

– A própria sociedade exigia avanços na qualificação desses empreendimentos – diz.

Para o especialista, a principal mudança é que as farmácias pas sam a ser prestadoras de serviços, podendo fazer o acompanhamento fármaco- terapêutico, além de possibilitar a articulação das drogarias com outros serviços. Um dos exemplos é a venda e aplicação de vacinas e injeções. Santos afirma que já há unidades com salas para injetáveis em SC.

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– O Estado tem plenas condições de se adaptar em um curto período de tempo, pois é um dos mais bem servidos de farmácias e profissionais – ressalta.

Para Marco Goetten, gerente de serviços de farmácia do Sesi-SC, a aplicação de vacinas e soro é um dos pontos mais relevantes da lei. Ele alerta que ainda falta regulamentação da Anvisa que define a estrutura necessária.

– Nós temos sala para medicamentos injetáveis, mas não sabemos se ela atenderá as exigências.

Para Goetten, será benéfico para a população em geral, pois amplia a concorrência do mercado.

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