Servidores municipais das três maiores cidades catarinenses estão em momento de mobilizações por aumentos salariais. A movimentação ocorre no primeiro semestre de gestão dos novos prefeitos, mas limitações orçamentárias e da lei fiscal dificultam as negociações.
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Na Capital, o limite prudencial de comprometimento da receita da prefeitura com folha foi ultrapassado. Em Joinville, a prefeitura alega não possuir recursos. E em Blumenau, a preocupação é com a arrecadação, hoje composta em 65% por repasses estaduais e federais.
A greve de Florianópolis entra nesta sexta-feira, 3, no quarto dia com críticas duras do prefeito Cesar Souza Junior (PSD). Ele diz que há falta de flexibilidade dos servidores, que não teriam cumprido o aviso legal de 72 horas antes da paralisação. Além disso, Cesar afirma que o funcionalismo não compreende que os gastos municipais estão próximos do limite imposto pela lei fiscal. Para o prefeito, aceitar os pedidos levaria ao caos administrativo.
– Implementar o plano como está reivindicado seria um crime e uma irresponsabilidade – afirma.
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:: Funcionalismo alega perdas e governos fazem contas
Em Joinville, os servidores estão a um passo de decretar greve. A categoria busca aumento de 7,22% nos salários, referentes à inflação, mais 5% de reajuste referente a perdas históricas, em um total de 12,5% de reajuste. A prefeitura oferece ajuste máximo de 4% nos salários.
– A prefeitura está tratando o reajuste de forma responsável. Não podemos oferecer mais do que temos. Espero que o sindicato compreenda – diz o prefeito Udo Döhler (PMDB).
Nova reunião acontece nesta segunda-feira. O sindicato já sinalizou que não está a favor da proposta, mas a levará para votação. Se rejeitada, a categoria discutirá início de greve.
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Em Blumenau, a prefeitura levará para a assembleia na terça-feira uma proposta de reajuste. Ainda não se sabe o percentual, mas é provável que fique abaixo dos 10% solicitados.