Exames revelaram que o leão-marinho encontrado com um tiro na cabeça no Canal da Barra da Lagoa, em Florianópolis, tinha 10 anos de idade. O caso ocorreu em abril de 2021, o animal morreu um dia após ser encontrado.
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Exames realizados pelo Laboratório de Zoologia da Udesc/Laguna nos dentes do animal estimaram sua idade.
Uma análise feita por laboratórios independentes descobriu que o leão-marinho (Otaria flavescens) morreu em função de uma infecção bacteriana que o acometeu e causou choque séptico. Segundo os pesquisadores, o projétil da bala que estava alojado na cabeça do animal pode ter contribuído para a infecção.
Para a presidente da R3 Animal e coordenadora do PMP-BS/Florianópolis, Cristiane Kolesnikovas, o ferimento com arma de fogo foi uma das possíveis portas de entrada para patógenos, principalmente bacterianos que levaram ao choque séptico.
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Relembre o caso
O leão-marinho foi encontrado em 14 de abril de 2021, no canal da Barra da Lagoa, em Florianópolis. Segundo a R3, se tratava de um macho adulto extremamente magro, com 2,90 metros de comprimento e 225 quilos. Os resultados dos exames preliminares já apontavam que ele estava anêmico, desidratado, com sinais de infecção. Mas segundo a organização, para o espanto da equipe de necropsia, uma bala estava alojada na cabeça do mamífero.
Depois que moradores encontraram o leão-marinho no canal da Barra da Lagoa, uma força-tarefa foi montada para resgatar o animal e transportá-lo até o Centro de Pesquisa, Reabilitação de Animais Marinhos (CePRAM). Durante a abordagem, as equipes já notaram que o mamífero quase não respondia às interações.
No centro de reabilitação, ele foi hidratado e medicado, mas morreu no dia seguinte.
Os mamíferos vivem entre 18 e 20 anos na natureza. As fêmeas podem atingir o tamanho 2,20 metros e pesar 150 quilos. Já os machos chegam a 2,5 metros e até de 350 quilos.
O acionamento do resgate ocorreu através do telefone do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), pelo número gratuito: 0800 642 3341. O R3 orienta a acionar as equipes sempre que um animal marinho for encontrado nas praias encalhado, debilitado ou menos morto.
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Veja como foi o resgate
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