Já passou o tempo em que um evento de sucesso era feito apenas de música e pessoas bonitas. Um personagem que está cada vez mais presente nas festas e baladas é o vídeo jockey (VJ), que é quem cuida das imagens projetadas em um telão.
Continua depois da publicidade
Se você nunca ouviu falar nesta profissão, saiba que a coisa está crescendo e ganhando projeção mundial. Em Joinville, o VJ Leandro Mendes, 28 anos, mais conhecido como Vigas, tem representado a cidade, o Estado e inclusive o País por onde passa.
O papel do VJ é projetar, em um telão, imagens que combinem com a música tocada pelo DJ. As imagens podem ser as mais variadas possíveis, dependendo da música que está tocando, do ambiente e da personalidade da pessoa que escolhe essas imagens.
Vigas diz que o VJ tem um papel importante nos eventos. O público em geral não está familiarizado com o trabalho, mas ele está presente em programas de TV, shows de todos os estilos, festas, clubes, festivais e em grandes eventos em geral.
– A cultura VJ no Sul do Brasil está crescendo, mas ainda encontramos muitos obstáculos.
Continua depois da publicidade
Concluindo a pós-graduação em cinema pela Universidade Tuiuti, em Curitiba, o VJ Vigas garante que uma das coisas que mais ama na vida é traduzir o ritmo musical em trabalhos visuais, transmitindo emoção ao público amante da música eletrônica.
No momento, ele está arrumando as malas para viajar à Hungria, para participar do VJ Torna Budapeste, uma competição que ocorrerá a partir de 18 de outubro.
– Será uma experiência incrível -, prevê Vigas.
– Estarei em contato com os melhores VJs do mundo, vendo novas tecnologias, técnicas e tendências, que mais tarde poderão ser revertidas a eventos culturais aqui na região. Este ano, aprovei um projeto pelo Simdec de Joinville, chamado ?Organismos Públicos?. Será uma projeção mapeada usando a fachada de um prédio público da cidade como tela de projeção.
O joinvilense está contando com o apoio de algumas casas noturnas da cidade. Mas ele ainda está em busca de mais apoio, pois a viagem não é barata.
Continua depois da publicidade
– Sempre gostei de trabalhar em eventos e festas. Há muitos anos trabalhava como DJ. Me afastei por um tempo para me dedicar aos estudos. No final da faculdade de design, comecei as pesquisas em performances audiovisuais e propus um trabalho de conclusão de curso com essa temática -, lembra.
– Foi de grande valia, pois me colocou em contato com uma cultura que estava engatinhando no Brasil e que vinha se destacando em países da Europa.
O profissional conta que ser VJ é lutar pelo seu espaço diariamente, deixar de lado o ego, abrindo mão da fama e prestígio que os DJs têm.
– O que me deixa muito feliz é poder trabalhar com arte, mostrar às pessoas novas linguagens visuais por meio do vídeo, criar atmosfera nas festas e, quando possível, receber o reconhecimento do público.
Continua depois da publicidade