Um quadrilha com 24 integrantes irá responder na Justiça em Santa Catarina pelos crimes de lavagem de capitais e participação em facção criminosa por suspeita de ter lavado, a partir de empresas-fantasmas, mais de R$ 3 milhões de dinheiro obtido pelo tráfico de drogas.
Continua depois da publicidade
Saiba como receber notícias do NSC Total no WhatsApp
O grupo havia sido preso em março pela Operação Lockdown, ocasião em que também foram cumpridos 57 mandados de busca e apreensão para desmontar o esquema. Os réus tinham atuação em Canoinhas, no Norte de Santa Catarina, onde foi deflagrada a operação, em outros cinco municípios catarinenses e também nos estados de São Paulo e Minas Gerais, segundo afirma o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que ofereceu a denúncia à Justiça.
O MPSC também diz ter pedido ao Judiciário que, na sentença do caso, os bens, objetos e valores em dinheiro apreendidos pela Lockdown passem a pertencer à União. Além disso, a Promotoria solicitou autorização para que as Polícia Civil e Militar utilizem, de forma provisória, os veículos e a motocicleta apreendidos, que hoje estão expostos em um pátio em Canoinhas.
Empresas-fantasmas para lavar dinheiro
Os crimes da quadrilha teriam ocorrido desde 2017 e foram descobertos a partir de uma investigação da Polícia Civil, que seguiu a trilha do dinheiro, de acordo com o MPSC. Os investigadores descobriram que os réus usavam empresas de fora de Santa Catarina para dar uma aparente legalidade aos ganhos obtidos por traficantes.
Continua depois da publicidade
“Todos demonstraram estar associados à organização criminosa de maneira estável e permanente, alguns colaborando por diversos anos principalmente para permitir que a facção pudesse usufruir dos vultosos lucros gerados pelos crimes que pratica, branqueando o dinheiro derivado em larga medida do tráfico de drogas”, apontam os autos do caso, ainda segundo o MPSC.
A operação Lockdown, deflagrada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas, apreendeu então uma grande quantia de dinheiro em espécie, drogas, veículos e armas na casa dos réus. A ação policial, que teve apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), ainda terminou com o sequestro de bens e imóveis obtidos com dinheiro do tráfico.
3 dicas para não cair no golpe do WhatsApp
Leia mais
Sino doado pelo imperador Dom Pedro II para igreja tombada de SC é furtado