O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso temporariamente pela Operação Lava-Jato na manhã desta quinta-feira. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
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A 34ª etapa da operação que investiga denúncias de corrupção na Petrobras foi deflagrada na manhã desta quinta-feira. Os agentes cumprem 49 mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e no Distrito Federal — 33 de busca e apreensão, oito de prisão e oito de condução coercitiva. No Rio Grande do Sul, trata-se de um mandado de busca e apreensão.
Batizada de Arquivo X, a etapa investiga a contratação pela Petrobras de empresas para a construção das plataformas P-67 e P70 para a exploração de petróleo na camada do pré-sal. A investigação apontou que empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das plataformas, embora não possuíssem experiência, estrutura ou preparo para tanto.
Segundo a Lava-Jato, Mantega teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha. Os valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas.
O nome Arquivo X faz referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial.
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Os alvos de condução coercitiva estão sendo levados às sedes da Polícia Federal (PF) nas respectivas cidades para prestar esclarecimentos. Já os presos temporariamente serão encaminhados à sede da PF em Curitiba.
Titular por mais tempo do Ministério da Fazenda, ocupando o posto por nove anos nos governos Lula e Dilma Rousseff, Guido Mantega é economista formado pela Universidade de São Paulo (USP). Nascido na Itália e criado na capital paulista, Mantega também esteve à frente do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na primeira administração do PT.