Um empresário luso-brasileiro, suspeito de lavagem de dinheiro e suborno no escândalo da Petrobras, foi detido nesta segunda-feira em Lisboa a pedido das autoridades brasileiras, informou uma fonte próxima a investigação.

Continua depois da publicidade

“Raul Schmidt Felippe Júnior foi preso esta manhã em um apartamento no centro de Lisboa, onde ele se escondia há vários meses”, indicou a fonte à AFP.

A prisão foi realizada “a pedido das autoridades brasileiras e na presença de um promotor encarregado da operação ‘Lava Jato'”, a investigação lançada em 2014, que revelou uma gigantesca rede de subornos em torno da Petrobras, segundo a mesma fonte.

Sem mencionar o nome de Schmidt Felippe Junior, o Ministério Público português anunciou a prisão de um “cidadão luso-brasileiro”, acrescentando que “as autoridades brasileiras manifestaram a sua intenção de abrir um processo de extradição”.

Os investigadores brasileiros suspeitam que o homem tenha desempenhado um papel de intermediário e pago dinheiro ao ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, de quem foi sócio em uma empresa de energia solar.

Continua depois da publicidade

Detido desde julho de 2015, Zelada foi condenado no início de fevereiro a 12 anos e dois meses de prisão pela justiça brasileira por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ele também teria recebido subornos através de uma rede de enriquecimento ilícito, que custou dois bilhões de dólares para a empresa petrolífera.

O escândalo da Petrobras causou uma tempestade política e jurídica que atinge o Brasil.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recentemente acusado de lavagem de dinheiro e corrupção. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, está sob a ameaça de impeachment por suposta maquiagem de contas públicas.

tsc/bh/pt/mr