
Claro que as péssimas condições das ruas contribuem. No entanto, com a troca do Consórcio Siga pelo BluMob, prefeitura e Seterb perderam rara oportunidade de propiciar uma efetiva melhoria no transporte público. Como disse o arquiteto João Noll (Santa, 1º de novembro), os novos ônibus são quase iguais aos que já operavam e melhorias como estações de pré-embarque centrais viraram pontos de ônibus comuns.
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Blumenau já teve ônibus de piso rebaixado, usei-os algumas vezes. Muito confortáveis e silenciosos, embarque e desembarque facilitados pela ausência de degraus, pareciam flutuar sobre as irregularidades das pistas. Por que a nova frota não foi padronizada com esses modelos? São mais caros? E daí? Qual o impacto na tarifa ao longo dos anos de uso desses verdadeiros ônibus urbanos e não disfarces montados sobre carrocerias de caminhão?
Ainda há muito a se discutir. Avanços como os corredores exclusivos e consequente diminuição dos tempos de viagens precisam continuar sendo implementados. Concordo com o arquiteto Noll, que defende subsídio público às caras passagens. O transporte público tem que se tornar atrativo pela agilidade, conforto, segurança, pontualidade e preço. Sem isso, vamos continuar com nossas ruas cada vez mais entupidas com carros.
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