Há 45 anos, nesta data, surgia o Jornal de Santa Catarina. Quando a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) nasceu, em 3 de maio de 1973, o Santa era um juveníssimo jornal com um ano e sete meses de existência. Não demorou muito para o Santa se tornar um importante eco das vozes, anseios e acontecimentos locais e gerais, mas foi no foco regional que se cristalizou com muito mérito a atuação do jornal, sempre com esclarecedoras matérias sobre economia, política, educação, saúde, segurança e tantos outros assuntos de grande interesse social.

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No tema questão ambiental, revelo aqui uma interessante curiosidade contada pelo colega Nélcio Lindner, um dos pioneiros fundadores da Acaprena. Nélcio havia assumido a direção da entidade, por necessidade de licenciamento do presidente Alceu Longo e do vice, que era este colunista. Foi quando surgiu a possibilidade da Acaprena ficar responsável por uma página específica e pioneira sobre meio ambiente no Santa, intermediada por um repórter, que assumiu sua edição.

Percebendo que a Acaprena não tinha uma logomarca para estampar nessa página especial do Santa, Nélcio lembrou de um velho decalque com o emblema hippie colado no seu velho Ford Corcel preto. “Dada a possibilidade de termos uma página no Jornal de Santa Catarina, levei o decalque, girei-o 180 graus e, com ajuda de um desenhista, foram acrescentados alguns ramos, dando o aspecto de uma árvore dentro de um ovo que foi estampado ao alto, nas duas margens da página que circulou no Santa por quase um ano, entre 1978 e 1981“. Até hoje, com sutis modificações essa é a logomarca da Acaprena, surgida da necessidade de estampá-la nas páginas do Santa.

Se o encerramento da página “Meio Ambiente” no Santa decepcionou um pouco, por outro lado, não posso ter queixas do jornal, que sempre apoiou toda e qualquer necessidade de divulgação também na área ambiental. Assim foi com a cobertura a vários acontecimentos, acolhimento incondicional de sugestões de matéria, cartas e artigos do leitor.

Sempre me senti acolhido pelo Santa, e acredito que o mesmo possa ser dito pelo movimento ambientalista de um modo geral, que jamais negou espaço, tanto nas suas outrora grandes páginas como agora, no prático formato tabloide e sem qualquer favorecimento, como aconteceu por exemplo, quando da luta pela criação do Parque Nacional da Serra do Itajaí, onde o Santa soube manter a devida equidistância das diversas versões que na ocasião eram discutidas.

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Parabéns e obrigado, Santa!