Apesar do descaso ambiental resultar em criminosa perda da qualidade de vida, mortes e prejuízos de muitos milhões de reais aos cofres públicos de Blumenau e de outros municípios, estranhamos a pouca ênfase ao tema nas propostas dos candidatos. Por isso, continuamos a apresentar a compilação de contribuições recebemos de diversos técnicos, professores, ecologistas e ambientalistas da região sobre inadiáveis ações na área socioambiental:
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1) Que se adote uma nova postura no órgão municipal, a Faema, que tem deixado muito a desejar nas últimas administrações municipais; que se reavalie suas ações e posturas frente aos licenciamentos, onde o desburocratizar não signifique afrouxar e que haja revitalização do conselho municipal de meio ambiente (frequências e horários);
2) Que haja ações e apoio na aplicação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e implantação de corredores ecológicos intra e intermunicipais e que se mplementem as Unidades de Conservação Municipais, com funcionalidade dos seus conselhos deliberativos ou consultivos;
3) Mais premente que políticas de proteção a animais domésticos são as políticas para com a fauna silvestre, infinitamente mais ameaçada e desamparada que os animais domésticos e que continua a mercê de sua própria sorte. Que se combata com educação ambiental, fiscalização e punição todo e qualquer ato de caça ou captura de animais silvestres e que sejam implantadas medidas efetivas para evitar matança por atropelamento, acidente com descargas elétricas e demais traumas causados por humanos, cães e gatos domésticos;
4) Que haja acompanhamento dos licenciamentos ambientais estaduais dentro do município, principalmente na questão da fauna, onde ocorrem gravíssimas omissões;
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5) Que além do tratamento de esgotos se criem políticas de revitalização e renaturação dos córregos, ribeirões e rios que já foram por demais “urbanizados”, com um olhar diferente para a vida aquática e que se considere os cursos d’água como um ecossistema a ser preservado e não um mero canal de escoamento;
6) Que o Plano Diretor seja aplicado de fato e que os fiscais do código de posturas controlem com eficácia a ocupação irregular nas áreas de proteção ambiental, que costumam coincidir com as áreas de risco;
7) Que ciclovias e ciclofaixas constem do topo da lista das prioridades quanto a mobilidade urbana. A segurança para os ciclistas é o maior incentivo para o uso em maior escala da bicicleta como meio de transporte e uma das melhores formas de desafogar o trânsito da cidade. Continua.