Cerca de 200 casas no município de Agronômica e 1,5 mil em Laurentino, no Alto Vale do Itajaí, tiveram os telhados destruídos depois da chuva de granizo na segunda-feira à noite. As duas localidades decretaram situação de emergência na tarde desta terça-feira. Agronômica foi atingida por dois temporais. Um de granizo que durou cerca de três minutos e e outra tempestade com ventos fortes. A Defesa Civil do município, que durante está terça-feira ainda contabiliza os estragos causados pelo força da natureza, afirma que moradores chegaram a encontrar pedras de granizo do tamanho de um ovo nas ruas e quintais.

Continua depois da publicidade

Segundo o coordenador do órgão, Aires Ribas de Souza, seis galpões da prefeitura, localizados na área urbana de Agronômica, foram completamente destruídos pelo granizo e pelo vento. As defesas civis de Rio do Sul e Ituporanga, que auxiliaram no atendimento de algumas ocorrências, afirmaram que Laurentino foi a cidade mais atingida da região.

>>> Confira mais fotos do granizo:

O coordenador da Defesa do Cidadão de Laurentino, Agenor Avi, afirma que cerca de 80% das casas foram atingidas. Até o momento, o órgão já tem a confirmação de 1,5 mil casas danificadas. O levantamento dos estragos deve ser concluído na quarta-feira de manhã. Segundo Avi, os bairros Centro, Baixo Amoado, Braço Laurentino e Serra Tomio foram os mais castigados pelo granizo.

Continua depois da publicidade

Moradores relataram que os granizos chegaram a pesar cerca de 250 gramas e que peixes e pássaros morreram durante a tempestade que durou aproximadamente 20 minutos. As plantações também foram afetadas. O trabalho da Defesa Civil se concentra em abrigar a população atingida e conseguir lonas para cobrir as casas danificadas. Interessados em ajudar o município podem ligar no (47) 3546-1346.

Em Rio do Sul apenas uma casa teve o telhado danificado pelas pedras de granizo. Em Ituporanga e em Rio do Oeste a Defesa Civil informou que não houve registro de ocorrências graves em relação à tempestade. Apesar dos estragos materiais nas outras cidades, ninguém ficou ferido.

Perdas na agricultura

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Agronômica, Walmor dos Santos Filho, a produção de arroz na região deve cair cerca de 40% depois da chuva. Há também perdas nas plantações de fumo, soja e milho.

Continua depois da publicidade

Os agricultores também estão buscando soluções para recuperar parte do patrimônio.

– Em algumas localidades, os produtores amargam prejuízos de 80%. A ventania destruiu casas e galpões onde estava depositada a produção – calcula Walmor.