Laudos preliminares do Instituto Médico Legal (IML) apontam que as vítimas de chacina em Joinville foram mortas antes de o carro ser incendiado. De acordo com o delegado Eliéser Bertinotti, responsável pelo caso, um dos homens teria sofrido um corte profundo no pescoço, enquanto os outros cinco foram atingidos por tiros na região da cabeça.
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Além dos seis mortos, três pessoas conseguiram fugir dos suspeitos. Bertinotti, porém, afirma que os sobreviventes sofreram agressões físicas antes da fuga. Outro homem, que morava com as vítimas, segue desaparecido.
Segundo o delegado, a Polícia Civil está em constantes buscas para localizar o desaparecido.
Os laudos oficiais ainda seguem sendo elaborados e não têm data definida para serem finalizados.
Presos têm 22 e 30 anos
Nesta quinta-feira (19), o delegado Eliéser Bertinotti também confirmou que os dois homens presos têm 22 e 30 anos. Eles são naturais de Modelo (SC) e Guaraci (PR), respectivamente. Ambos foram detidos em suas próprias casas. Um deles tinha dois mandados de prisão em aberto por crimes cometidos em Joinville e Itapoá.
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Polícia prende dois suspeitos por chacina em Joinville
Além deles, a polícia investiga se há outras cinco pessoas envolvidas no crime. Eles são suspeitos de integrarem uma facção criminosa. Conforme Bertinotti, a dupla ficou em silêncio durante os questionamentos policiais.
O delegado explica que solicitou a prisão temporária dos dois, que se encerra em 30 dias. Até lá, a polícia deve apurar novas informações sobre o caso e apresentar à Justiça.
Relembre o crime
O crime aconteceu no dia 8 de janeiro e envolveu 10 moradores de uma mesma casa no bairro Morro do Meio. Seis foram encontrados carbonizados dentro de um carro no bairro Vila Nova. A casa também foi incendiada pelos autores do crime.
De acordo com o delegado Dirceu Silveira Júnior, da Delegacia de Homicídios, as vítimas eram de Palmas e Cruz Machado, ambas cidades do Paraná, e trabalhavam em uma empresa terceirizada em Joinville. A suspeita da polícia é de que este assassinato em massa tenha sido motivado por uma discussão entre uma das vítimas e os suspeitos pelo crime.
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Horas após o desentendimento, diz o investigador, os suspeitos teriam voltado até a casa e ateado fogo no imóvel, como forma de retaliação pela discussão. No local, havia três carros pertencentes à empresa que foram usados para transportar as vítimas até uma estrada próxima do fim da Rodovia do Arroz, no bairro Vila Nova. Foi onde um dos veículos, um Fiat Uno, foi encontrado carbonizado por moradores, por volta de 10h do dia 8.
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