As primeiras análises do Departamento de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas (BA), que investiga as circunstâncias do acidente que matou cinco universitários na BR-101, entre São Mateus (ES) e Prado (BA), apontam que quatro das vítimas podem ter morrido por afogamento. Os resultados oficiais da perícia, no entanto, devem ser conhecidos em 30 dias.
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Acredita-se que essas quatro vítimas estavam vivas, mas possivelmente desacordadas, quando o carro parou. Elas foram encontradas dentro do veículo, presas pelos cintos de segurança. Apenas o corpo de um dos jovens, Marllonn Vieira Amaralm, foi localizado fora do carro. Apesar de também usar o cinto, no banco do passageiro na parte da frente da cabine, ele teria sido projetado para fora durante o acidente – o equipamento de segurança teria se rompido.
O carro em que estavam as vítimas saiu da pista em uma curva acentuada, em declive, nas proximidades da ponte sobre do Rio Mucuri, a cerca de 10 quilômetros da divisa entra a Bahia e o Espírito Santo, desceu um barranco, capotou e parou parcialmente submerso em uma margem do rio, com as rodas para cima. O acidente ocorreu na noite de sexta-feira, mas os corpos só foram localizados na noite de terça-feira.
Apesar de ainda não ter sido descartada a possibilidade de tentativa de assalto, os investigadores acreditam que o acidente tenha sido causado por excesso de velocidade. A carroceria e as peças que se desprenderam do carro estão sendo analisadas para determinar se houve falha mecânica no veículo.
Despedida
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Os corpos dos cinco jovens foram enterrados entre a noite de quarta-feira e a manhã desta quinta-feira. O corpo de Izadora Ribeiro de Oliveira foi enterrado nesta manhã, em Jaíba, no norte de Minas Gerais. O grupo de universitários havia viajado para participar da festa de aniversário da mãe de Izadora, em Prado (BA).
Também foram sepultados os corpos de Amanda de Paula Oliveira, em Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, e de André Malva Galão, proprietário e condutor do carro acidentado, em João Neiva (ES).
Na noite de ontem, os corpos de Marllonn Vieira Amaral e Rosaflor Oliveira Chacon Pinto foram enterrados, nas cidades nas quais moravam as famílias – respectivamente, Nova Venécia e Mucurici, no Espírito Santo. O sepultamento de Rosaflor foi realizado logo após a chegada do pai da estudante, que mora no Pará, ao local do enterro, por volta das 22h.
Familiares, amigos e colegas de faculdade das vítimas compareceram aos sepultamentos, realizados com os caixões fechados por causa do estado de decomposição dos corpos.
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A direção do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) no qual estudavam os jovens, decretou luto na unidade, que deixou de funcionar na tarde de quarta-feira e só retoma as atividades sexta-feira.