A Polícia Civil recebeu nesta semana os laudos referentes a morte da técnica de enfermagem Yara Filomena Werner da Silva, de 46 anos. Devido à situação em que o corpo foi encontrado, não foi possível identificar a causa do óbito. Até esta quarta-feira (14), a Delegacia de Homicídios seguia as investigações sobre o caso.
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De acordo com a Polícia Científica, os laudos cadavérico, local de crime e identificação foram encaminhados à Delegacia de Homicídios da Capital no início da semana. O conteúdo dos documentos, no entanto, não foi divulgado afim de preservar a investigação.
Conforme o delegado Ênio Matos, apesar dos laudos, não há como saber o que de fato causou a morte de Yara, já que o corpo dela estava carbonizado. Ou seja, não se tem elementos se ela foi assassinada antes ou depois de ter o cadáver queimado.
Ele ressalta, ainda, que as investigações sobre o caso continuam. Nenhum suspeito foi preso, até o momento.
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Relembre o caso
O corpo de Yara foi encontrado carbonizado na manhã de 4 de abril, no bairro Itacorubi, seis dias após desaparecer. A última vez que a técnica de enfermagem foi vista com vida foi em 29 de março, quando ela saiu de casa para ir ao trabalho. Ela só foi identificada através de um exame da arcada dentária.
A vítima trabalhava no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC) desde 2006 e era mãe muito apegada aos filhos.
De acordo com a polícia, ao menos 30 boletins de ocorrência envolvendo a vítima foram localizados. Os documentos tratavam de situações como ameaças, crises familiares e domésticas, com o atual e ex-companheiros.
Em rede social, ela chegou a relatar que foi hospitalizada por conta de um episódio de violência doméstica em 2013. Na ocasião ela já se relacionava com o atual marido. A Polícia Civil recebeu a informação sobre a agressão somente agora, enquanto investiga a morte de Yara. Não foi localizado boletim de ocorrência do caso relatado por ela na internet. O delegado ressalta que há diversas pessoas investigadas por suposto envolvimento na morte da técnica em enfermagem.
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Além disso, Yara havia sido vítima de violência pelo atual marido em 2018, o que foi registrado em boletim de ocorrência. Na ocasião, ela recebeu orientação policial para pedir medida protetiva contra ele. No entanto, Yara não levou a recomendação à frente, segundo a Polícia Civil.
À reportagem, o delegado Ênio Mattos afirmou que o marido de Yara já prestou depoimento na investigação sobre o homicídio e negou participação.
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