O valor que equivale a um mês de aluguel no edifício Karoliny Center, em Palhoça, serviu para pagar os únicos dois dias que a família paraense passou em um apartamento do segundo andar do prédio que fica na avenida Aniceto Zacchi, no bairro Ponte do Imaruim. Recém-chegado de Belém do Pará, o casal se instalou no cômodo com os dois filhos pequenos na quinta-feira (27) onde pretendia ficar por seis meses, conforme contrato assinado.
Continua depois da publicidade
A família, no entanto, precisou sair às pressas e definitivamente no último sábado (29), depois que uma coluna de sustentação do edifício rompeu e colocou em risco a vida dos moradores. O laudo técnico do engenheiro civil que avaliou a estrutura condenou a edificação. O profissional foi contratado pelo condomínio e foi acompanhado por um profissional do município. A informação foi confirmada pela assessoria da prefeitura de Palhoça.
— Estamos de favor no quarto da casa de uma conhecida desde que nos mandaram para um abrigo, num ginásio que tinha sido pintado recentemente e ainda estava com forte cheiro de tinta. Eu tentei contato com a corretora de imóveis com quem assinamos o contrato, mas ela sumiu depois do sábado — conta Milena dos Santos Oliveira, enquanto procura meios de reaver o valor pago antecipadamente para uso de um imóvel que não pode mais ser ocupado.

Além da família de Milena, moradores de outros 29 apartamentos precisaram encontrar meios de se acomodar provisoriamente, enquanto aguardam as tramitações burocráticas do seguro que era pago por eles. A informação apurada pela reportagem é de que o prédio era comercial, o que pode atrasar ainda mais os processos ligados aos contratos.
Três famílias seguem no abrigo
A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que, enquanto necessitarem, as famílias serão assessoradas. Ainda, segundo a pasta, 19 famílias ficaram desalojadas com a interdição. Algumas delas chegaram a ser hospedadas por quatro dias em um hotel e outras conseguiram abrigo com amigos e familiares.
Continua depois da publicidade
A atualização desta sexta-feira (6) é de que apenas três famílias continuam no abrigo municipal, que fica no bairro Bela Vista. Na quinta-feira (5), o edifício foi liberado aos moradores, para a retirada dos bens. Por segurança, estacas de sustentação foram anexadas à estrutura.