Laudo aponta que bebê deixado em mochila em Piçarras estaria vivo

A Polícia Civil ouvirá nesta semana testemunhas do suposto assassinato de um recém-nascido em Balneário Piçarras. A Polícia diz que perícia inicial aponta que a criança nasceu com vida, ao contrário do que disse a mãe. Ela e o companheiro são os principais suspeitos de terem jogado o bebê em um terreno baldio dentro de uma mochila.

Segunda-feira pela manhã, Vanessa Hortelan, de 30 anos, foi transferida para o Presídio Regional de Itajaí, onde aguardará julgamento. Alécio Cordeiro de Souza, 32, permanecia na Delegacia de Balneário Piçarras esperando por vaga nas unidades prisionais da região. Ele estaria cumprindo pena por tráfico de drogas quando Vanessa engravidou, por isso existe a hipótese de Souza não ser o pai da criança, o que poderia ter motivado o crime.

– Nós pedimos um exame de DNA para comprovar a paternidade. Com esse resultado, as investigações tomam novo rumo. Por enquanto, eles responderão por homicídio simples, podendo pegar até 20 anos de prisão – explica o delegado Rodolfo Farah.

De acordo com o delegado, um primeiro exame já confirmou que o menino nasceu com vida, confrontando a informação da mãe. Em depoimento, Vanessa teria dito que sofreu um aborto e que o bebê não apresentava sinais vitais. Os outros laudos periciais, que indicam as causas da morte do bebê, já foram concluídos e serão entregues para a polícia na manhã desta terça-feira.

O crime ocorreu na noite de sexta-feira. O recém-nascido teria sido colocado dentro de uma mochila e jogado em um terreno baldio próximo da casa onde morava o casal, em Balneário Piçarras. O abandono da criança foi descoberto após uma vistoria da Polícia Civil na residência, onde manchas de sangue foram encontradas pelos cômodos.

Depois de passar por um posto de saúde, a mulher foi levada ao Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, onde foi confirmado o trabalho de parto. No domingo à tarde, a mãe recebeu alta e já presa foi levada para a delegacia. Até segunda-feira no início da tarde, segundo o delegado Farah, o casal não tinha apresentado nenhum advogado.