O latoeiro Ivo Trindade Gonçalves, acusado de matar com uma facada Rafael Rodrigues Varela em 9 de novembro de 2002, em um bar no Jardim Paraíso, foi absolvido pelo tribunal do júri no início da noite desta segunda-feira.

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Os jurados se convenceram de que Gonçalves agiu em legítima defesa, mas reconheceram a materialidade e autoria do crime. A defesa e a acusação apresentaram versões completamente distintas para a briga que antecedeu o homicídio, cerca de dois meses antes, e também para a motivação do crime.

O promotor de justiça Marcus Vinicius de Faria Ribeiro defendeu a tese de que Gonçalves saiu do bar em frente a casa da namorada de Varela e foi promover bagunça no local, chegando a proferir xingamentos contra a mulher, o que teria levado Varela a bater nele com um taco de sinuca.

No mesmo dia, Gonçalves teria retornado à casa da namorada de Varela, que assustada pegou as filhas e foi dormir na casa de uma amiga, e teria quebrado vidros e danificado parte de uma janela. Segundo a promotoria, inconformado com a agressão sofrida, Gonçalves teria passado a querer vingança e aproveitou o encontro de ambos, dois meses depois, para matar Varela.

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Já o defensor público Karlo Murillo Honotorio argumentou junto aos jurados que Gonçalves saiu do bar, no dia da briga, e foi realizar uma manobra com o carro em frente a casa da namorada de Varela. Ao invadir sem intenção uma parte do terreno, teria irritado Varela, que bateu nele.

Conforme a defesa, Gonçalves assustado após apanhar, ao encontrar Varela no bar em 9 de novembro de 2002 e ser provocado por ele, temeu apanhar novamente e resolveu pegar uma faca próxima a ele para se defender.

Naquele dia, de acordo com Gonçalves, quando ambos se cruzaram, ele por pensar que Varela estivesse armado, desferiu uma facada embaixo do braço esquerdo dele, que não resistiu e morreu no local.

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