Uma semana depois de ser acusado de agressão pela mulher, Lasier Martins (PSD-RS) foi à tribuna do Senado para se defender. Em pronunciamento na tarde desta terça-feira, o parlamentar negou que seja uma pessoa violenta e afirmou que irá provar sua inocência no caso.
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— Sou uma pessoa de paz e respeito a todos. Principalmente as mulheres. Vou provar a minha inocência, mas na instância adequada — disse.
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Na terça-feira passada, a mulher do parlamentar, Janice Santos, prestou queixa na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em Brasília. Na ocasião, ela relatou que foi agredida por Lasier durante uma discussão do casal. O senador negou a acusação e afirmou que era “vítima de uma chantagem”, já que está em processo de separação.
Como a defesa de Janice solicitou medidas protetivas e Lasier tem foro privilegiado em razão do cargo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou que ele saia de casa. Na tribuna, o parlamentar comentou a questão do foro. Ele garantiu ter interesse no desfecho célere do caso e lamentou a demora que a apuração terá, já que será conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no STF.
— Se eu pudesse, estaria abrindo mão do foro privilegiado — garantiu.
Lasier também abordou a nota divulgada pela Procuradoria da Mulher do Senado, em apoio a Janice. Na sexta-feira, a mensagem recebeu a assinatura de nove das 13 senadoras. O texto registrou que as parlamentares acompanhariam de perto o desdobramento de “tão lamentável acontecimento”. O gaúcho argumentou que, em casos similares, não houve o mesmo tratamento. Ele ainda questionou possíveis motivações políticas para a reação.
— A partir do momento em que há uma denúncia, deixa de ser um problema privado — rebateu a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora-especial da Mulher na Casa.
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Colega de bancada de Lasier, Ana Amélia Lemos (PP-RS) se recusou a assinar a nota e também reforçou que outros casos semelhantes ao do conterrâneo não tiveram a mesma atenção. Contudo, pregou cautela na análise da acusação de agressão.
— É muito difícil, num caso estritamente pessoal e particular, íntimo, porque é a sua palavra e a palavra da pessoa que o denunciou — disse Ana Amélia.