Com um currículo extremamente vitorioso no esporte, Lars Grael pode falar com propriedade sobre o processo necessário para ter vitórias como um atleta de alto nível.

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Em Florianópolis para palestrar em um evento da EO – Entrepreneu’s Organization, o velejador conversou com o ge SC e falou sobre superação e nuances do esporte.

— Não pode faltar perseverança. Muitas vezes dá vontade de a pessoa desistir por falta de patrocínio, falta de apoio, então a perseverança é fundamental. Em segundo lugar, por mais que você tenha talento, o treinamento e a repetição são importantes para você automatizar movimentos, dominar o cenário esportivo e mitigar as possibilidades de risco — afirmou.

Em setembro de 1998, Lars sofreu um grave acidente que mutilou sua perna direita e interrompeu o sonho da conquista de medalhas nas Olimpíadas de Sydney. Mas, apesar das circunstâncias desfavoráveis causadas pelo fato, o velejador não abandonou o mar.

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— Para mim, ter voltado a competir após o acidente já era um desafio muito grande. Então, foi um período de dedicação buscando títulos. Tive o primeiro título continental ao vencer o Sul-Americano em 2005, sete anos após o acidente. Depois, em 2009, o bronze na Suécia acendeu a luz por mais títulos. Foram anos tentando e culminou em 2015, em Buenos Aires, quando eu fui campeão mundial de Star. Era provar para mim mesmo até onde vai a nossa força de vontade, de ousar, de lutar e superar obatáculos, dentre eles, o preconceito. Às vezes, o meu próprio preconceito com relação à minha capacidade. Acho que ali eu concluí um processo, pelo menos interno, de superação — destacou.

O evento que trouxe o velejador a Santa Catarina reúne empreendedores e seus familiares em Jurerê Internacional. A programação tem palestras de empresários e personalidades do esporte como Lars e Emanuel Rego, do vôlei de praia.

— Abrimos o nosso evento nacional para que pessoas pudessem vir de fora também. E Santa Catarina foi muito especial porque nós já tínhamos o desejo de trazer a EO para cá, a gente já está em mais de 62 países e 215 cidades no mundo inteiro. Nós, da organização, falamos: “A hora é essa!”. Vamos trazer Santa Catarina para dentro também que a gente fecha o Sul do Brasil e depois expande para o restante do país — explicou Michael Fukuda, presidente da EO Curitiba e organizador do evento.

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