O técnico de Gustavo Kuerten e também auxiliar da equipe brasileira na Copa Davis, Larri Passos, está de bem com vida. Com a conquista do pupilo, que chegou ao topo do ranking mundial no final da temporada passada, o técnico se considera realizado. A fisionomia carrancuda, que lhe rendeu o apelido de Pitbull, foi trocada pelo estilo gaúcho light, como ele próprio se autodenominou. Larri se revela agora alegre e com um grande sorriso. O técnico tem demostrado felicidade e passou a ser uma espécie de conselheiro de todos os tenistas. – Eu converso muito com cada um deles, principalmente os mais novos, que ainda estão buscando um lugar ao sol – disse. O técnico procura fazer com que os tenistas entendam o que estão fazendo de certo ou de errado e se sente gratificado quando um deles se lembra de suas palavras. Larri é um incentivador até mesmo do boleiro que passa a manhã escaldante apanhando as bolinhas do treino, no Rio de Janeiro, onde o Brasil enfrenta a equipe do Marrocos no próximo fim de semana, pelas oitavas-de-final da mais importante competição entre países do tênis masculino. Um dos boleiros, apelidado por Guga de Buiú, recebeu atenção especial de Larri, que aproveitou os intervalos para trocar embaixadinhas. – Eu também comecei assim, correndo atrás de bolinhas – relembrou Larri, que começou a se interessar pelo tênis quando trabalhava como boleiro em um clube de Novo Hambugo. Talvez por isso a academia de tênis de Larri em Camboriú só aceite crianças carentes. Desde março do ano passado, o técnico desenvolve um projeto social que envolve 68 crianças da região. – Da escolinha eu já consegui separar umas seis crianças, e vou ficar muito feliz se puder vê-las jogando os torneios juvenis daqui a alguns anos – comemorou o técnico.
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