O autor Silvio Melo reuniu leitores e amigos de longa data na Megastore da Livrarias Catarinense no Continente Park Shopping, em São José, para o lançamento e sessão de autógrafos de seu primeiro livro, Bucaneira – Um arriscado resgate. O evento foi realizado na última terça-feira, às 19h30.

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O autor concedeu uma entrevista exclusiva, na qual falou sobre a sua inspiração para escrever o livro, o processe de criação e planos de escrever novas obras.

Caderno Continente (CC) – Em que você se inspirou para escrever o livro “Bucaneira”?

Silvio Melo (SM) – Foi o fato de que as mais recentes descrições sobre os piratas e suas aventuras e proezas daquela época, estão sendo descaracterizados por interpretações equivocadas da indústria cinematográfica, onde buscam mesclar fantasmagorias e lutas dessas criaturas contra despojos humanos e caveiras.

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CC – Nos fale um pouco sobre como foi a definição do tipo de herói a ser retratado?

SM – A decisão pelo tipo de herói a ser retratado num livro de aventuras… Eu a tomei ao trasladar uma aeronave da Embraer, o Brasília Emb-120, dos USA para a África, voando junto ao Círculo Polar Ártico. Era época do degelo no Hemisfério Norte, e observando o mar com milhares de icebergs flutuando, pensei o quanto eram corajosos os antigos velejadores que se aventuravam em tão perigosa travessia. Eram grandes navegadores contando apenas com meios rudimentares de orientação, porém de boa margem de precisão. Nem só Colombo ou Marco Pólo e outros famosos foram grandes navegadores… Os piratas também, e muitas vezes tendo que calcular certo para tomar decisões que garantissem fugir de perseguições que se bem sucedidas lhes garantiria a morte por enforcamento ou pior.

CC – Como você idealizou a obra e quanto tempo levou para colocar a ideia em prática até chegar ao livro impresso?

SM – Gastei dez meses para escrever e mais de um ano até que o processo de revisão fosse concluído. Ainda estou em busca de uma editora/distribuidora que se interesse em distribuí-lo.

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CC – Qual a fórmula de falar sobre uma história ambientada no século 18 para leitores do século 21?

SM – A magia da fala quando se busca contar uma história, principalmente para crianças. Embora a obra não seja dirigida diretamente a elas, falo como um menino contando um filme que viu, para outro menino que mora escondido no coração do adulto. Essa linguagem é mágica e jamais desaparecerá enquanto houver literatura no mundo.

CC – Planejas escrever uma continuação da obra ou planos de lançar um novo livro em breve?

SM – Estou escrevendo quatro outros romances simultaneamente, porém, com mais ênfase a um em especial, cujo cenário é a aviação. Outro livro na sequência da pirataria não está descartado e depende mais da resposta do público à Bucaneira-Um arriscado resgate. Sobre isso, já tenho alguns “ases na manga”.

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