Escrevo este texto no fervo de uma redação que, assim como o mundo inteiro, não acredita no que aconteceu com o avião que levava o time da Chapecoense a Medellín, na Colômbia. Nem sei quanto tempo vamos levar para acordar deste choque.

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Mais do que um time que proporcionou ao Estado a dignidade de estar entre os melhores do mundo, lá estavam pessoas, sonhos, esperanças, histórias de vida em pleno auge e, junto, nossos colegas do Grupo RBS com a missão de contar este feito, em detalhes, para todo o planeta — igualmente em êxtase, fazendo o que amavam e tão bem sabiam fazer. Era um momento único e, de repente, o pesadelo! E não tem jeito: independente da forma com que venha, neste caso uma tragédia aérea, esse dia vai chegar pra nós.

“Se morresse amanhã, morreria feliz”, dizia o técnico da Chape, Caio Jr, dias atrás, em plena comemoração com as últimas conquistas do time. Ele estava neste voo. Comecei a pensar se eu diria a mesma frase que Caio, se tenho aproveitado cada vírgula de minha vida ou me concentrado nas interrogações, se tenho feito valer a pena o presente que é passar por esta existência, se estarei mais realizada ou arrependida quando meu dia chegar. Sei lá, de alguma forma estou aqui repensando. E faço esta proposta pra você também: se pra morrer basta estar vivo, melhor é tratar de bem viver.

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