Era uma corrida e caminhada só para mulheres e decidi “me arriscar”. Enquanto minhas amigas, corredoras de carteirinha, davam tudo de si correndo, eu resolvi reduzir o passo, caminhar e observar: quanto aprendizado!

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No mesmo ritmo que eu, aquelas que estavam ali pelo puro prazer de participar, pela alegria de estar em grupo ou, como as irmãs Rosângela e Irani Castro (à minha esquerda na foto) pelo sentimento único de se superar.

As duas são cegas e foram “resgatadas” por um projeto muito especial: o Sexto Sentido, formado por voluntários que promovem o esporte como instrumento de transformação – fazem da corrida de rua uma ferramenta de inclusão para deficientes visuais. E foi lindo de se ver: para-atleta e “corredor guia” como um só naquela pista, num mesmo objetivo, numa mesma sintonia, guiados pela intuição que traduz a palavra “Sexto Sentido”.

Pra eles, “superar é sentir e ver que na linha de chegada tudo valeu a pena”. Que seja assim pra nossa Seleção hoje também, mesmo sem Neymar ou Thiago Silva: que sejamos uma só grande equipe naquele campo e que aos 45 do segundo tempo tudo tenha valido muito a pena!

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