Quem de nós não tem ao seu redor, ou assume o papel, da hiena “Hardy“, do clássico desenho “Lippy e Hardy”, de Hanna Barbera? Falo daquele ou daquela que vive reclamando da vida e de tudo, repetindo sem parar a frase do personagem: “Oh céus, oh vida, oh azar!”.
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Se você é o “ranzinza”, que tal se dar conta do quanto somos responsáveis pelo ambiente em que vivemos e repensar, ou tratar, o que incomoda? Viver reclamando faz mal muito à saúde, afirma o médico especialista americano Andrew Nierenberg:
– Isso baixa a produtividade, a sua e a de quem você contaminou. Sem falar que emperra a sua carreira, seus relacionamentos, e faz de você um chato.
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Agora, se a reclamação for algo persistente, atenção! De acordo com o psiquiatra Ricardo Alberto Moreno, do Hospital das Clínicas da USP, esse comportamento pode ser característica de uma doença chamada “distimia“: uma depressão leve, persistente, de evolução crônica. Eis o retrato do distímico:
.: É deprimido e triste na maior parte do dia, na maioria dos dias.
.: Tem diminuição do apetite ou, por outro lado, come demais.
.: Tem baixa energia ou fadiga.
.: Tem baixa auto estima.
.: Tem dificuldade ao tomar decisões e problemas de concentração.
Contaminar ou contagiar?
Nem todos os reclamões se encaixam entre os distímicos. Há quem seja assim por questão de personalidade.
– Também nesse caso dá para dar um jeito: é preciso buscar se conhecer, talvez procurar um apoio profissional, para aprender a encarar o mundo pelo lado positivo – afirma Doutor Ricardo Moreno.
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E se você é obrigado a conviver com pessoas assim, “pra baixo“, faça a sua parte: adote uma postura contrária, não alimente assuntos nocivos – mude de assunto! Tente você ajudá-lo a enxergar as coisas por outro ângulo. Foque no agradecer pelo que tem, e não no que acha que não tem. Mude suas atitudes – e mude as coisas ao seu redor! Cabe a você escolher entre contaminar ou contagiar, ser contaminado ou contagiado!