O fim de semana chega em ritmo de gratidão e, desta vez, agradeço aos queridos funcionários do Hospital de Caridade, em Florianópolis, que trocaram plantões, trabalharam dobrado pra poder reservar um tempinho na escala complicada e bater um papo comigo e com o educador físico Affonso Kulevicz.

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Conversamos sobre o quanto quem cuida precisa se cuidar primeiro. Isso não foi nos ensinado nos bancos escolares: talvez tenhamos aprendido, e eu acho ótimo, o quanto o se doar precisa fazer parte de nossas vidas. É verdade, mas não só isso!

O Frei Leonardo Boff diz sabiamente que todos “precisamos ser cuidados, caso contrário nossa vontade de ajudar enfraquece” e o que passamos a oferecer é uma obrigação e um sacrifício que estressa, entristece e esvazia. E isso serve a qualquer um de nós: quem consegue trazer o foco da vida um pouco mais para si tem muito mais a oferecer ao outro. Isso sim é ser fonte de cura.

A lição de Sílvia

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Na plateia, atenta, estava Silvia Reitz: dias atrás ela ainda vivia a rotina atribulada de um hospital, dando conta de todos, menos de si. Até que agora a vida decidiu lhe pedir uma pausa: veio um câncer e a forçou “parar para colocar tudo em ordem consigo e depois retornar ainda mais forte”, como ela mesma conta.

E foi essa moça, na maturidade de seus 41 anos, que trouxe um sentido a mais pra nossa conversa ali: – um filme passa na nossa cabeça quando uma situação dessas bate a nossa porta. Dá vontade de voltar e corrigir tudo o que não fiz por mim. Por sorte terei tempo: logo me curo e corro pra uma vida mais comigo-, diz. Sorte também querida de quem acorda pra vida antes que a vida (por força) lhe acorde! Que tal então começar a sua semana pensando um pouco mais em você? #ficaadica.

Leia mais informações da colunista Laine Valgas