De acordo com a tradição cristã, estamos em tempos de Quaresma, um período de penitência e de reflexão que dura 40 dias em preparação para a festa da Páscoa, o renascimento. Isso se refere ao tempo em que Jesus esteve no deserto e passou por tentações, mas resistiu e venceu.
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Lembro quando era pequena, que meus avós faziam jejum de carne neste período e se dedicavam fervorosamente às orações — o que hoje não se vê com tanta frequência. Era uma forma de purificar o espírito. E achei muito interessante a proposta de um jovem chamado João Antônio, em suas redes sociais, sobre como incorporar esta tradição aos dias atuais, independente da religião que se tenha. João fala no jejum digital!
MODO “NÃO PERTURBE”
Considerando que a internet já se tornou um “membro da família”, a pergunta é: até que ponto ela não está ocupando o espaço que seria de outras pessoas e afazeres importantes em nossas vidas? Veja bem: não se trata de abandoná-la, mas de dosá-la, o que implica uma boa dose de sabedoria. Quando se fala em jejum alimentar a ideia é desintoxicar-se, despertar o organismo para que funcione melhor, para que você se sinta bem e ativo.
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No modo mais “silencioso” do seu celular, a proposta é a autodisciplina: momento de teclar, publicar e dar likes e hora de desligar para ligar em si. Particularmente venho testando isso em casa, há alguns meses: marido chegou, parto para o modo “não perturbe”, aciono o “favoritos” pra qualquer emergência em família e ponho foco no nosso momento. Ele faz o mesmo e é como se acionássemos um outro mundo: o olhar, o escutar atento, o colocar nossa vida em dia. É libertador! Mas isso é mesmo apenas uma sugestão. No fundo, a ideia é desafiar você a se desintoxicar-se daquilo que lhe toma muito tempo e até escraviza — e que você se dê mais pausas! A vida requer intervalos… por que não nesta quaresma?