Todos sabemos que quanto mais investirmos na educação dos nossos pequenos, melhores (e mais sábios!) adultos teremos. O que talvez não nos demos conta é que isso também passa por investir na saúde emocional dos professores responsáveis pelo ensino dessa garotada. Não adianta termos os mais qualificados profissionais (tecnicamente falando) se eles não contam também com uma atenção integral, que passe pelo cuidado de seus sentimentos, que toque a alma deles sabe? E nenhum salário paga isso — estou falando de valores, não de preço.
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E por isso trago pro nosso fim de semana o aplauso a atitudes como a do Colégio Salvatoriano Nossa Senhora de Fátima, no Estreito — Florianópolis, que acaba de surpreender seus mestres e coordenadores: as aulas só começam daqui há duas semanas, mas a equipe teve uma surpresa boa no primeiro dia trabalho.
Ao chegar na Escola, o grupo foi levado ao cinema para assistir ao filme O Pequeno Príncipe, o que foi seguido de uma partilha intensa das inúmeras lições que o filme, inspirado no livro de mesmo nome, traz. Uma delas, o quanto somos responsáveis por aquilo que cativamos…
PRA TER NA CABECEIRA
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Publicado em abril de 1943, há mais de 70 anos, o livro de Antoine de Saint-Exupéry encanta crianças e adultos do mundo todo. Particularmente, o tenho como livro de cabeceira — aquele que a gente abre vez por outra, lê um trecho e sempre aprende algo diferente. Muitas lições desta obra, aliás, são comprovadas eficazes pela ciência, quando colocadas em prática. Algumas delas?
O quanto devemos nos reconectar com a nossa criatividade da infância, por exemplo. Outra passagem ensina como precisamos ser “menos sérios”, dar mais gargalhadas, exercitar o bom humor, para apreciar os simples prazeres da vida. E não para por aí…
TÃO ANTIGO QUANTO ATUAL
Um dos trechos que mais me desafia neste livro é o aprender a dar um tempo para si, a apreciar cada minuto e a respeitar nosso tempo de sono e descanso. Como uma obra tão antiga pode ser tão atual, meu Deus? Por fim, divido o desafio que é o ter coragem para explorar alternativas, do sair da nossa zona de conforto. Sem falar na dica desta obra que mais me toca: é melhor escolher com o coração, respeitar nossa intuição, dar espaço para o “se ouvir”.
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Só de dividir isso com você me repensei por inteiro, de novo. Imagino como não saíram mais enriquecidos e entusiasmados os professores do meu eterno “coleginho de Fátima”, onde estudei parte de minha vida. É de mestres assim, mais felizes consigo, que precisamos. Pena que nem todos acordam pra isso…