Sabe quando você acha que não nasceu pra uma coisa, mas queria muito ter nascido? Assim sempre foi minha relação com a cozinha. As panelas nunca foram o meu forte e sempre tive vontade de seguir os passos de minha mãe: tudo que ela faz é simplesmente divino, de “lamber os beiços” e pedir mais. Mas eu sempre pensei que não era pra mim. E, via de regra, o que pensamos e sentimos sobre nós mesmos se transforma em realidade — a ciência comprova isso.

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Alimentando um outro lado

Enquanto cultivei a ideia de que a Laine cozinheira “não me pertencia“, assim foi. Até que eu decidi mudar esse padrão de pensamento. Não, não foi tão naturalmente! A vida me trouxe oportunidades e eu resolvi abraçá-las. Uma delas? Passei a cozinhar pra dois, aí não teve jeito: ou eu metia a mão na massa ou ¿morreríamos¿ com fome. Foi transformador: à medida em que vim praticando (errando muito, mas acertando também) fui ganhando confiança, alimentando esse meu lado adormecido, me desafiando, me redescobrindo. O que sentia sobre mim, ali à beira de um fogão, foi mudando, era o lado Cheff (ou quase isso) desabrochando. Passei a acreditar que podia, a sentir isso, e todos à minha volta também!

Deu bolo!

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Meu mais recente desafio é a prova de que estou no caminho certo: me dispus a fazer todo o coffee break para os parceiros da Academia BK Training, em Coqueiros, que estavam ministrando um curso de treinamento funcional, nesta semana. Nem sei de onde tirei coragem pra me oferecer. Aliás, sei sim: estou mais confiante neste sentido e algo me dizia que eu podia ir adiante. E tudo foi acontecendo: fiz sanduíches, café e um bolo de cenoura que me fez raspar as panelas (como na minha infância, ao lado do fogão com minha mãe).

Foi o melhor lanche do mundo? Talvez não! Mas o meu melhor, com amor. Isso é o que mais importa. E valeu muito a pena: o prato vazio, os recados dizendo “queremos mais”,foram de um prazer que eu nem sei explicar. Prazer em descobrir que o acreditarem si faz milagres, reconhecer que isso é um processo, que é possível e que está em minhas mãos ¿nascer para o que eu quiser¿. E você? Tem nascido pra quê,na sua vida?

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