“Eu não reconheço a minha filha dessa forma… falando desse jeito, com a cara lavada, toda despenteada. Ainda estou em choque com o que vi”, diz Dona Ana Madalena, depois de ver circular pelas redes sociais nesta segunda-feira o vídeo em que a filha Amanda, de 16 anos, desaparecida desde 19 de julho, de São Pedro de Alcântara, afirma “ter saído de casa por que quis, por que não aguentava mais viver com os pais”.

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“Foi a primeira vez que ela se manifestou desde que sumiu e o mais estranho é não ter mandado nada pra gente, pra ninguém da família. Fiquei sabendo por que participo de um grupo de WhatsApp”, conta Ana.

Laine Valgas: família busca filha de 16 anos que está desaparecida

No vídeo, Amanda diz: “o que eu vivia não era vida de um ser humano viver… eu não estou desaparecida, eu estou bem, tenho 16 anos, eu sei trabalhar e me virar sozinha muito bem”. Na casa da garota, todos ficaram sem chão. “Amanda nunca deu sinais de qualquer problema ou insatisfação dentro de casa, pelo contrário, nós somos muito ligadas, sempre fizemos tudo juntas. Mal sei explicar o que está acontecendo”, diz a mãe, que se recupera de uma cirurgia para retirada de tumores na tireoide e esôfago.

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Amanda, que tem um irmão mais velho, especial, foi vista pela última vez ao sair de casa no bairro Boa Parada, em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, quando ia de ônibus para o trabalho, a empresa da família, uma distribuidora de bebidas em São José.

“Fazer o quê, agora? Nos sentimos impotentes e deixamos por conta da polícia. O pessoal da Delegacia de Desaparecidos nos pede calma e está à frente de tudo. Mais do que isso, deixamos nas mãos de Deus… só quero nossa Amanda de volta. É uma dor que não se mede, que não desejo pra ninguém”, completa Dona Ana.

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