Hoje não é 1º de janeiro, mas parece começo de um novo ano (muito promissor!) na vida de quem dias atrás protagonizava aqui na Coluna uma das histórias mais doloridas que já dividi com você: a de duas famílias reféns do desemprego e de três crianças passando fome – uma de três anos, outra de quatro e o terceiro com nove anos. O pedido de socorro veio através da nossa leitora Patrícia Inácio, em nome da irmã, pais e sobrinhos, moradores da Barra do Aririú, em Palhoça.

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— Estava desesperada ao ver minha irmã e meu cunhado baterem de porta em porta atrás de emprego e nada! Ela se virando como pode vendendo lingerie e salgadinhos, até ser chamada por algum dos lugares em que deixou currículo. O marido, servente de pedreiro, dependendo de bicos. Meu sobrinho maior, de nove anos, é filho de meu irmão que morreu. Ele é criado pela minha mãe, que tem depressão e não pode trabalhar. Meu pai vive atrás de um serviço como servente de pedreiro, mas sofre de epilepsia e só quando está bem consegue por a mão na massa. Já eram meses nesta situação, uma aflição sem tamanho…até que agora, tudo começa a mudar: e graças aos leitores da Hora! — conta Patrícia.

MESA FARTA

“Eu não sabia que existia tanta gente de coração bom, nesse mundo”, me escreve repetidamente no wathsapp Patrícia que vai narrando, cada vez com mais alegria (e surpresa!) cada doação que chega à sua casa, ou que ela e o marido vão buscar com quem telefona se dispondo a ajudar.

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— Mais emocionante ainda é a reação das crianças, dizendo: meu Deus, quanta comida a gente tá ganhando. Uhullll!

Tão especial quanto é ver que nossos voluntários são de todas as idades – via de regra, pessoas que juntaram amigos, cada um com seu pouco, pra fazer a grande diferença na vida de quem sequer eles conheciam. E não para por aí:

— Pra completar nossa felicidade com o resultado desta mobilização, minha irmã e cunhado acabam de conseguir emprego, também através da bondade de leitores! Ele como serralheiro e ela como cozinheira, numa fábrica de salgados — comemora Patrícia (e nós juntos!).

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ASSISTÊNCIA CONTÍNUA

Nós nos comprometemos a ir atrás da Assistência Social de Palhoça, ver como podem ser assistidos e orientados. Assim o fizemos e já temos o retorno: eles, assim como qualquer família que enfrente situação parecida, devem se dirigir ao Centro de Referência de Assistência Social – Cras do município que reside, pra ser atendido pela equipe técnica, ter acompanhamento e ajuda contínua.

Aliás, contínua também é a nossa gratidão a você que acolheu mais essa história junto conosco: ela ainda não chegou ao final, mas tem tudo para ser feliz! E que assim seja…