O feriado traz o desabafo de quem, nem em dias assim, que seriam de descanso, consegue sossegar. Seu nome é Geisa Santos da Silva, moradora de Florianópolis, transplantada renal desde os oito anos de idade — hoje tem 30. Ela vê sua vida em risco, dependendo de protocolos.
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— Estou enfrentando atualmente uma intolerância à medicação de rejeição que todos os transplantados devem tomar pro resto da vida. Por isso, meu médico indicou um novo, chamado Everolimo. Depois de tentar o remédio na Farmácia da UFSC (onde foi negado), abri um processo judicial junto à Apar — Associação de Pacientes Renais de SC e ganhei a liminar. Isso no dia 16 de março deste ano. O juiz estipula um prazo de 15 dias para o fornecimento deste medicamento para os pacientes e até agora nada. Ligo insistentemente para o Diaf — responsável pela compra no Estado — e dizem que o problema é com o fornecedor — conta.
Geisa se preocupa por que não pode esperar tanto:
— meu órgão transplantado está com uma necrose, e necrose é morte do órgão. Sinto um grande descaso das autoridades: não se importam com vidas e sim com protocolos — desabafa.
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Aliás, Geisa não fala só em seu nome: há muitos pacientes como ela, na mesma situação. Vamos ver com a Secretaria de Estado da Saúde como reverter ( e resolver!) esta situação… pra ontem!
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