Ele foi mandado pra casa, pra “esperar sua hora chegar”. Quando pensou que tudo estava perdido, recebe agora uma nova chance de vida. E assim recomeça a história de Luís Henrique, de Florianópolis, quem em setembro do ano passado descobriu ter um tipo grave de leucemia, em plenos 25 anos. Uma notícia que chegou no auge da carreira, no auge dos sonhos e na certeza do encontro com o amor de sua vida, a Raquel, também de Florianópolis. Aliás, essa moça de 22 anos era apaixonada por Luís desde pequena:

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– Éramos do mesmo grupo da Igreja, mas ele nem me ligava – ri Raquel.

O tempo passou, eles casaram com outras pessoas, descasaram e, dois anos atrás, reencontraram-se pelas redes sociais. Em uma semana já estavam namorando e morando juntos.

Até que o mundo caiu sobre suas cabeças, com a doença de Luís.

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Desânimo?

– Nos primeiros momentos, talvez. Mas meu amor por esse homem é algo tão incrível, que despertou em mim a força de lutar por ele e com ele – conta a namorada.

Nos últimos meses, esse dois passaram por momentos muito difíceis:

– Em dezembro fui pra UTI pra nem voltar mais – diz Luís. Mas voltou – e Raquel sem desgrudar dele, por 1 minuto!

Depois de 8 internações, os médicos já não viam mais saída para o rapaz – o jeito era mandar pra casa, pra “aguardar a passagem”. Até que, um mês atrás, surgiu uma esperança: dois doadores de medula, compatíveis.

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– Isso significa 5% de chances de cura para Luís, mas vale a pena tentar – explica a médica hematologista Giovana Stefenello, que cuida do caso.

Luís teve então que ser internado novamente: fui visitá-lo no isolamento, onde passa por quimioterapias intensas, preparando o organismo para o transplante, possivelmente em agosto. E ele acredita tanto nessa nova oportunidade que resolveu realizar o maior sonho de Raquel: pediu a moça em casamento, em pleno hospital!

– A gente teve que passar por tudo isso, pra descobrir o real sentido do amor: esse companheirismo, essa sintonia de alma, esse cuidar, esse aproveitar cada minuto intensamente, mesmo sem saber quanto tempo ainda se tem pela frente – chora Luís – que me faz desabar também.

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A cerimônia acontece semana que vem e o grande desejo do noivo, que é confeiteiro, é fazer o bolo do próprio casamento. Agora falta pouco pra sair do hospital. “Lá em casa”, no Ribeirão, bilhetinhos de amor por todos os lados o aguardam! Num deles, está escrito: “Melhor marido do mundo: com doença ou sem doença, serei sempre sua”.